Blindados e infantaria: o que se sabe sobre entrada de Israel em Gaza
O Exército de Israel afirmou, nesta segunda (23), que entrou por terra "de maneira limitada" na Faixa de Gaza. As autoridades do país dizem que o objetivo é procurar 222 reféns que ainda estão sob poder do Hamas, além de "matar militantes armados".
Há poucos detalhes sobre a entrada das forças israelenses em Gaza. O porta-voz militar de Israel, almirante Daniel Hagari, afirmou em um briefing televisionado que os ataques foram feitos com tanques e forças de infantaria.
A agência de notícias Reuters informou que, no domingo, o grupo terrorista Hamas disse ter enfrentado blindados de Israel que se infiltravam na área sul da região. O Hamas afirmou, ainda, que destruiu equipamentos militares do país. Israel não comentou.
EUA aconselharam que Israel adie invasão
Tropas e tanques israelenses estão concentradas na fronteira de Gaza para uma invasão por terra. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, 5.087 pessoas já morreram em ataques israelenses. Entre os mortos estão 2.055 crianças. Os feridos já somam 15.273 pessoas. Só nas últimas 24 horas foram 436 mortes, incluindo 182 crianças.
No domingo (22), o jornal norte-americano "The New York Times" informou que o governo dos EUA aconselhou que Israel adie uma invasão terrestre a Gaza. O objetivo seria ganhar mais tempo para negociações de libertação de reféns e para que mais ajuda humanitária entre no território.
Ainda de acordo com o jornal, o adiamento também permitiria que oficiais dos EUA planejassem ataques contra grupos financiados pelo Irã, que atuam na região.
Um diplomata da embaixada israelense em Washington, porém, negou o pedido. "Nós temos um diálogo próximo com os EUA. Os EUA não estão pressionando Israel sobre a operação em terra", disse ao "The New York Times".
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