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Gaza: Papa e MSF pedem cessar-fogo; Irã diz que Israel ultrapassou limites

O Médicos Sem Fronteiras, uma das equipes que dá suporte aos feridos na Faixa de Gaza, disse que líderes mundiais agem de forma "fraca e lenta" e pediu um cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e Hamas. O Papa Francisco também fez o pedido expresso na celebração do Angelus.

O que aconteceu?

A ONG afirmou que o cessar-fogo é a forma de evitar mais mortes e ressaltou a urgência da entrada de ajuda humanitária na região.

Além de criticar a demora para uma resolução de paz por parte das Nações Unidas, o MSF afirmou que pessoas desamparadas têm sido vítimas de violência constante.

Os hospitais estão cheios de pacientes, com amputações e cirurgias sendo performar sem anestesia apropriada. Os necrotérios estão cheios de corpos.
Trecho de comunicado do Médicos Sem Fronteiras

O Papa Francisco falou sobre a guerra durante a celebração do Angelus neste domingo.

Ele também pediu a abertura de corredores humanitários e a libertação imediata dos reféns tomados pelo Hamas.

Que ninguém abandone a possibilidade de parar as armas. Cessar-fogo! Parem, irmãos e irmãs, a guerra é sempre uma derrota.
Papa Francisco

Irã diz que Israel ultrapassou limites

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, indicou que mais países podem se envolver no confronto ao afirmar que Israel ultrapassou as "linhas vermelhas" ao intensificar a ofensiva contra o Hamas em Gaza.

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Raisi criticou os Estados Unidos, afirmando que o país ameaça nações do Oriente Médio para não tomar parte no confronto enquanto dá apoio direto a Israel.

Ele também citou a necessidade do país em apoiar um "eixo de resistência", se referindo a grupos armados, como Hamas e Hazbollah, em entrevista dada ao canal Al Jazeera.

O presidente também acrescentou que "os grupos de resistência são independentes nas suas opiniões, decisões e ações".

Os crimes do regime sionista ultrapassaram as linhas vermelhas, o que pode levar outros a tomar medidas.
Ebrahim Raisi, em publicação nas redes sociais

Noruega fala em situação 'catastrófica'

O primeiro-ministro norueguês afirmou que os ataques de Israel são uma "resposta desproporcional" ao ataque mortal lançado pelo Hamas em 7 de outubro.

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Jonas Gahr Støre lembrou que quase metade dos 8 mil mortos em Gaza são crianças e chamou a situação do país de "catastrófica".

Ele condenou o disparo sequencial de foguetes israelenses a "uma área tão densamente povoada" como Gaza.

Afirmando que a nação é "amiga de Israel", Støre disse que os reféns tomados pelo Hamas devem ser libertos, mas citou a necessidade de "se expressar claramente"

O direito internacional exige que (a reação) seja proporcional. Os civis devem ser levados em conta e o direito humanitário é muito claro sobre isso. Acho que esse limite foi amplamente excedido.
Jonas Gahr Støre, à rádio pública NRK.

A Noruega votou na sexta-feira a favor da resolução não vinculativa das Nações Unidas que "apela a uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada, que conduza ao fim das hostilidades".

O voto seguiu um caminho diferente dos vizinhos nórdicos do país, que se abstiveram de um posicionamento na ONU.

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A resolução recebeu 120 votos a favor, 14 contra (incluindo Israel e Estados Unidos) e 45 abstenções, dos 193 membros da ONU.

*Com informações da AFP

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