Ativista palestina é detida por Israel acusada de 'incitar o terrorismo'
A ativista palestina Ahed Tamimi, 22 anos, foi detida em sua cidade natal Nabi Saleh por "incitação ao terrorismo", anunciou o Exército israelense.
O que aconteceu:
Ahed Tamimi foi detida durante uma operação de Israel para "deter indivíduos suspeitos de participar em atividades terroristas e incitar o ódio". Ela ficou conhecida por lutar contra a ocupação israelense na Cisjordânia.
Ela é acusada de atividades terroristas e de incitar a violência após um post ser atribuído a ela citando "massacre israelense". A captura de tela foi enviada pelo Exército à AFP.
A mãe de Tamimi nega que a filha tenha escrito a mensagem. "Há dezenas de contas com a foto de Ahed, mas com as quais ela não têm qualquer vínculo. Quando Ahed tenta abrir uma conta nas redes sociais, ela é bloqueada imediatamente", afirmou Narimane Tamimi.
Narimane também diz que está sem notícias do marido Bassem al Tamimi desde 20 de outubro, quando ele foi detido ao retornar de uma viagem.
Ahed é considerada um exemplo de coragem
Ahed Tamimi ficou conhecida aos 14 anos quando foi filmada mordendo um soldado israelense para impedir a detenção de seu irmão mais novo.
Em dezembro de 2017, aos 16 anos, ela deu um tapa em um soldado israelense no quintal de sua casa. Dias depois, ela foi detida e condenada a oito meses de prisão. Tamimi foi liberada em 29 de julho de 2018.
Desde então, ela se tornou um símbolo mundial da causa palestina e é considerada pelos palestinos um exemplo de coragem diante da repressão israelense nos territórios ocupados.
Um retrato gigante de Tamimi foi pintado perto de Belém, no muro de separação construído pelos israelenses na Cisjordânia.
*Com informações de AFP
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