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Estado Islâmico assume autoria de atentado nas Filipinas

O grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por um ataque a uma missa católica nas Filipinas, que matou pelo menos quatro pessoas e feriu outras 50 neste domingo (3).

O que aconteceu

O grupo escreveu no Telegram que seus membros detonaram uma bomba na reunião.

A explosão ocorreu durante uma missa no ginásio da Universidade de Mindanao, em Marawi, a maior cidade muçulmana do país, segundo o chefe da polícia regional, Allan Nobleza.

O presidente filipino, Ferdinand Marcos, condenou veementemente os "atos insensatos e particularmente hediondos perpetrados por terroristas estrangeiros".

A Universidade de Mindanao também condenou, em um comunicado, este "ato de violência", se declarando "solidária" com sua comunidade cristã e com as vítimas "desta tragédia". A instituição de ensino suspendeu as aulas e ampliou sua equipe de segurança no campus.

"Símbolo de coexistência pacífica e harmonia"

De sua cama de hospital, Chris Honculado, um estudante de 21 anos, relata que a explosão ocorreu durante a primeira leitura da Bíblia na missa das 7h (horário local). "A explosão foi muito repentina e todos começaram a correr", disse ele. "Quando olhei para trás, havia pessoas deitadas no chão. Não sabíamos o que tinha acontecido, tudo aconteceu muito rapidamente."

Também hospitalizada, Rowena Mae Fernandez, 19, conta que não entendeu imediatamente a natureza da explosão, mas percebeu que as pessoas estavam fugindo do local. "Meu companheiro e eu também corremos, embora tenhamos desmaiado em determinado momento. Essa é a única coisa de que me lembro até sair do ginásio e cair novamente", relata. "Meus amigos choraram porque viram meu ferimento."

O prefeito de Marawi, Majul Gandamra, convocou os membros das comunidades muçulmana e cristã a permanecerem unidos. "Nossa cidade é há muito tempo um símbolo de coexistência pacífica e harmonia, e não permitiremos que tais atos de violência ofusquem o nosso compromisso coletivo com a paz e a unidade", declarou Gandamra.

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*Com informações da Reuters e da AFP

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