Conteúdo publicado há 5 meses

'Não há o que temer', diz presidente da Guiana sobre referendo na Venezuela

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse em transmissão nas redes sociais que "não há nada a temer" sobre o referendo da Venezuela para anexar a região de Essequibo.

O que aconteceu

"Nossa vigilância vai aumentar", afirmou Ali. "Estamos trabalhando contra o relógio para que nossas fronteiras sejam mantidas intactas e que as pessoas do nosso país continuem em segurança", disse o presidente guianense. O pronunciamento foi feito pela manhã, antes de o referendo começar.

Desafios trazem o que há de melhor nas pessoas e nós, como guianenses, vamos passar por isso. O sentimento de patriotismo, amor e unidade é uma coisa que devemos levar adiante nesse desafio. Sempre dizemos que a diplomacia é nossa primeira linha de defesa. Nós temos uma posição muito forte nessa linha de defesa.
Irfaan Ali

Sem citar Nicolás Maduro, o presidente da Guiana também acusou o governo venezuelano de "roubar" o país. Em outro evento, também transmitido nas redes, Ali disse que o povo venezuelano é "bonito", mas está sendo influenciado pelas autoridades. "Estamos mobilizados para que a população de Essequibo tenha segurança alimentar e um futuro garantido", acrescentou.

Venezuela decide se anexa 70% da Guiana

Os eleitores terão que dizer se são favoráveis que a região de Essequibo, rica em reservas de petróleo, seja incorporada à Venezuela.

Anunciada em 10 de novembro pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a medida tem caráter "consultivo". Essequibo tem 160 mil km² , o equivalente a 70% da Guiana.

A consulta terá a duração de três dias e, em princípio, não terá "consequências legais". Ou seja, ainda que a proposta seja aprovada, não há garantias de que será implementada.

O referendo tem cinco perguntas, nas quais os eleitores devem responder "sim" ou "não". Entre elas, se os cidadãos são favoráveis à incorporação do território — que passaria a ser chamado de Guiana Essequibo.

Continua após a publicidade

Outra questão é se o país poderia conceder nacionalidade venezuelana aos cidadãos da região disputada. As perguntas do plebiscito foram aprovadas pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela em outubro.

Deixe seu comentário

Só para assinantes