Hamas diz que só volta a trocar reféns se Israel parar ataques em Gaza
O grupo extremista Hamas afirmou que só vai voltar a trocar reféns se Israel parar de atacar a Faixa de Gaza.
O que aconteceu
"Não há negociações agora sobre a trégua". Em entrevista à Al Jazeera, o vice-chefe do gabinete político do Hamas, Saleh al-Arouri, pediu um cessar-fogo "abrangente e definitivo", mas afirmou que não há conversas sobre isso.
"A ocupação insiste que ainda há mulheres e crianças detidas, mas dissemos que entregamos todas elas. Os restantes prisioneiros em Gaza são soldados e civis que serviram no exército de ocupação", disse Arouri.
Trégua entre Israel e Hamas foi violada há cinco dias. As trocas de acusações entre os dois lados foram feitas na última quinta-feira (28). Israel disse que três dispositivos explosivos foram detonados perto de suas tropas. Já o Hamas afirmou que "ocorreram atritos" como "resultado de uma violação clara pelo inimigo do acordo de trégua".
"Os nossos prisioneiros sionistas não serão libertados até que todos os nossos prisioneiros sejam libertados e um cessar-fogo seja estabelecido. A resistência está preparada para todos os cenários militares israelitas, seja guerra terrestre, aérea ou outra", acrescentou o vice-líder do Hamas.
Dois soldados de Israel mortos
Israel fez novos ataques contra a Faixa de Gaza após as Forças de Defesa israelenses anunciarem a morte de dois de seus soldados no campo de batalha.
O território palestino foi alvo de ofensiva de Israel por vias aéreas e terrestres. As autoridades de Israel disseram que foram efetuados ataques a túneis, centros de comando e armazéns de munições durante a madrugada. Em um deles, um drone teria "eliminado" um grupo de soldados do Hamas, segundo Israel.
Israel anunciou a morte de dois de seus soldados. Horas antes da retomada dos ataques à Faixa de Gaza, as Forças de Defesa israelenses anunciaram a morte de dois oficiais em campo de batalha. Eles foram identificados como Aschalwu Sama, 20, e Or Brandes, 25. Em publicação no Facebook, a tia de Brandes o descreveu como "amável e amado".
O Hamas disse ter matado um "grande número" de soldados israelenses. Segundo a brigada militar do grupo extremista, esses oficiais foram mortos nas proximidades da vila de Juhor ad-Dik, na cidade de Gaza, após a detonação de três explosivos.
Palestina diz que mais de 700 palestinos foram mortos nas últimas 24 horas. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde, segundo a Al Jazeera.
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