Reféns mortos por Israel escreveram 'SOS' com comida em bandeira branca

Os três reféns mortos na Faixa de Gaza por militares israelenses seguravam uma bandeira branca onde estava escrito "SOS" e "Socorro, 3 reféns". A mensagem foi feita com restos de comida.

O que aconteceu

As Forças de Defesa israelenses informaram que os homens mortos "por engano" estavam "há algum tempo" em um prédio próximo ao local onde foram baleados, segundo a BBC.

Os investigadores apontaram que os três reféns estavam sem camisa enquanto agitavam uma bandeira branca e falavam em hebraico. Os três haviam conseguido escapar do cativeiro do Hamas, na Faixa de Gaza, quando foram mortos por tropas israelenses.

Eles caminhavam no bairro residencial de Shujaia, na zona leste da cidade, em uma área da Faixa de Gaza onde combatentes do Hamas têm atuado sem uniforme, criando emboscadas para as tropas, de acordo com os primeiros elementos da investigação.

"Um soldado se sentiu ameaçado, disparou sua arma e afirmou que eram terroristas. Os outros [soldados] também atiram e dois [reféns] morrem na hora", acrescentou o oficial. "O terceiro homem foi ferido e correu para dentro de um prédio vizinho", acrescentou a fonte. Os soldados ouviram, então, "um pedido de socorro em hebraico".

Israel disse ainda que soldados não "seguiram as regras de combate do Exército".

O governo israelense explicou que as três pessoas foram identificadas "erroneamente como uma ameaça". Os militares, então, dispararam contra eles em Shejaiya, no norte da Faixa de Gaza.

Quem são os reféns

Yotam Haim, de 28 anos, Alon Shamriz, de 26, e Samar Talalka, de 22, morreram após ataques israelenses em Shejaiya, um bairro da Cidade de Gaza.

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Os três foram levados de dois kibutzim próximos da fronteira com Gaza: Haim e Shamriz eram do kibbutz Kfar Aza, enquando Talalka foi levado do Nir Am.

Yotam Haim era um baterista de uma banda de heavy metal local e foi levado do bunker dentro de sua casa, relatou o Times of Israel. Seus familiares e amigos, incluindo membros de sua banda, faziam campanhas pelo retorno do jovem para a casa com os dizerem "Bring Them Back", ou "traga-os de volta", pedido compartilhado entre os familiares de pessoas sequestradas pelo Hamas.

Alon Shamriz era um estudante de engenharia da computação e também estava em casa quando foi sequestrado. Outros 12 membros de sua família conseguiram escapar do Hamas no mesmo kibbutz. Sua última mensagem foi que havia "alguém" em sua casa, relataram parentes ao jornal KomoNews.

Samar Fouad Talalka, filho de pais árabes, trabalhava no kibbutz quando foi sequestrado. Ele trabalhava com o manejo de galinhas da comunidade local, e havia chegado cedo naquele 7 de outubro, relatou um amigo ao Times of Israel. Samar trabalhava com o pai nos fins de semana, e morava em Hura, cidade do sul de Israel.

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