MP do Equador diz que promotor morto dispensou escolta na manhã do ataque
O Ministério Público do Equador afirmou que César Suarez, promotor assassinado ontem (17) a tiros em Guayaquil, havia dispensado o acompanhamento de seus guarda-costas. A família nega.
O que aconteceu
Os seguranças teriam sido liberados pelo promotor porque as audiências seriam feitas por videochamada, segundo o MP equatoriano. Em maio do ano passado, a escolta dele sofreu uma mudança — a responsabilidade que era da Direção Geral de Inteligência da Polícia Nacional passou a ser das "unidades policiais por cada caso investigado" pelo promotor.
Os familiares de Suárez negam versão do MP. Segundo relatos de parentes, o promotor não tinha proteção policial permanente, apesar dos casos que era responsável encarregado, de acordo com o portal de notícias do Equador, Ecuvisa.
Promotor não costumava andar com forte esquema de segurança. Para Gonzalo Albán Molestina, consultor de segurança do Observatório de Políticas Públicas de Guayaquil, o Estado deve dar garantias para que as autoridades possam cumprir suas funções "contra o terrorismo que afeta o país".
O carro do promotor foi atingido por 12 tiros, segundo a polícia. Suárez dirigia um SUV que foi interceptado por pistoleiros. As balas foram certeiras e atingiram a janela e a porta do motorista, na altura entre o abdômen e a cabeça.
Suárez era homem de confiança entre seus pares. O promotor investigava o caso da invasão ao canal de TV ocorrido no último dia 9, mesmo dia em que o país entrou em estado de exceção pelo presidente do Equador, Daniel Noboa. Além do crime na TV, era responsável por apurar suspeitas de desvios em institutos de previdência do país.
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