Passeio de barco com Lula e volta na Paulista: o que Macron fará no Brasil

O presidente francês, Emmanuel Macron, chega ao Brasil na terça (26) para participar de evento da COP 30, no Pará, e terá uma agenda agitada.

O que Macron vai fazer

Macron vai direto para Belém, onde será recebido pelo presidente Lula (PT). Os dois devem fazer um passeio de barco pela baía de Guajará, formada pelos rios Guamá e Acará, com parada na Ilha do Combu, onde encontram lideranças indígenas.

O encontro faz parte dos preparativos para a COP 30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a ser realizada na capital paraense em novembro de 2025. O governador Helder Barbalho (MDB) e a primeira-dama Janja da Silva participam do evento.

À noite, Lula e Macron viajam ao Rio de Janeiro para participar de um evento militar na quarta (27). Eles pegarão um helicóptero no Forte de Copacabana rumo a Itaguaí (RJ), na região metropolitana.

Os dois lançam o submarino Tonelero no Complexo Naval de Itaguaí. O submarino é fruto do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, firmado entre Brasil e França em 2008, no segundo mandato de Lula. O programa tem um orçamento total de R$ 40 bilhões.

À tarde, o francês viaja para São Paulo para participar do Fórum Econômico Brasil-França. Ele também deve estar na inauguração de um prédio do Instituto Pasteur na USP (Universidade de São Paulo) e se encontrar com Raí, fundador do programa Gol de Letra e ex-jogador do clube francês Paris Saint-Germain.

Ainda na quarta, participa de um jantar com "personalidades da cultura brasileira nas redondezas da avenida Paulista", segundo o Itamaraty. O plano é que ele volte caminhando pela avenida, com uma possível parada no Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).

Reuniões com a cúpula do poder em Brasília. Na quinta (28), vai a Brasília para uma reunião bilateral com Lula no Palácio do Planalto. Os dois devem assinar atos de cooperação entre os dois países e almoçar no Itamaraty. À tarde, visita o Congresso Nacional e se reúne com os presidente Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado.

O possível acordo Mercosul-União Europeia estará no centro da conversa. Macron é um dos líderes mais críticos ao acordo, atualmente estacionado, enquanto Lula é um dos maiores entusiastas —um dos objetivos do Itamaraty é tentar destravá-lo.

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Presidentes também devem tratar de duas guerras. Macron tem se unido ao coro lulista pela paz na Faixa de Gaza, com ataques ao governo de Israel. Já na guerra da Ucrânia, o francês tem se estabelecido como um dos principais opositores ao russo Vladimir Putin e deve cobrar uma posição mais crítica de Lula.

Os dois têm boa relação. É a primeira vez que Macron vem ao Brasil sob o novo mandato de Lula, mas ambos se encontraram diversas vezes. O brasileiro visitou o palácio francês em 2021, ainda ex-presidente, e foi recebido como chefe de Estado. No ano passado, Lula já presidente, se reuniram na cúpula do G20, em Dubai; no G7, em Hiroshima; e na Cúpula de Paris.

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