Cena de horror: assassinato brutal de família em 1981 segue sem solução

Há pouco mais de 40 anos, um crime conhecido como os "assassinatos de Keddie" chocou uma comunidade na Califórnia (EUA). Uma mãe, dois filhos e uma amiga da família foram mortos brutalmente em uma cabana e o crime segue sem solução até hoje.

O assassinato da família Sharp

Crime aconteceu na pequena comunidade de Keddie, na Califórnia, em 12 de abril de 1981. Segundo o The Mirror, a família havia se mudado de Quincy, em Massachusetts, para lá e morava na cabana há apenas cinco meses.

As vítimas foram a mãe de cinco filhos, Glenna "Sue" Sharp, 36; seu filho Johnny, 15; e a amiga dele Dana Wingate, 17. Os três corpos foram encontrados caídos no chão. Eles foram amarrados, esfaqueados e espancados, de acordo com a People.

Jovem de 14 anos encontrou família brutalmente assassinada em uma cena de horror dentro da própria casa. Uma das filhas de Sue, Sheila Sharp, na época com 14 anos, havia passado a noite em uma festa do pijama com amigos e, quando voltou para a própria cabana, encontrou a mãe, irmão e a amiga assassinados.

Os dois irmãos mais novos de Sheila, Greg e Rick, então com cinco e dez anos, estavam bem e dormindo em um quarto da cabana, junto com um amigo.

Outra irmã, Tina, de 12 anos, estava desaparecida. O crânio dela só foi encontrado três anos depois da tragédia, a mais de 80 quilômetros de distância de onde aconteceram os assassinatos. A causa de sua morte não pôde ser determinada devido à decomposição avançada, mas acredita-se que ela também foi assassinada.

Após o caso, turistas começaram a evitar Keddie, e o local logo se tornou uma "cidade fantasma". A cabana onde aconteceram os assassinatos foi demolida em 2004.

Cabana onde aconteceram os assassinatos da família Sharp
Cabana onde aconteceram os assassinatos da família Sharp Imagem: Reprodução / Gabinete do Xerife do Condado de Plumas

Investigações

Cena do crime sugeria mais de um assassino. Ainda segundo a People, que teve acesso ao relatório da cena do crime, foram encontradas duas facas e um martelo ensanguentados no interior da cabana. "Quem fez isso — e havia mais de uma pessoa — devia estar coberto de sangue", disse Doug Thomas, que era xerife do condado de Plumas na época do assassinato e liderou a investigação.

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Investigação exaustiva ao longo dos anos. De acordo com o The Mirror, na época, oito investigadores trabalharam no caso 24 horas por dia. Também foi implementado de um programa de Testemunhas Secretas, mas ninguém jamais foi acusado dos assassinatos.

O homicídio quádruplo ainda é um mistério. Dois homens, Marty Smartt, vizinho da família Sharp, e "Bo" Boubede, amigo de Smartt, foram interrogados na época, mas nenhuma evidência que os ligasse ao crime foi encontrada.

O caso já havia sido arquivado, mas, em 2016, oficiais recomeçaram as investigações e disseram à People que estavam fazendo progressos na solução dos assassinatos. Na época, veio à tona uma carta escrita logo após os crimes por Smartt, em que ele dizia à então esposa: "Paguei o preço do seu amor e agora que o comprei com a vida de quatro pessoas, você me diz que terminamos."

Boubede morreu em 1988 e Marty Smartt morreu em 2006. Ainda segundo a publicação norte-americana, as autoridades acreditavam que as evidências apontavam para os dois como os culpados pelos assassinatos.

Já em 2018, os investigadores conseguiram identificar uma amostra de DNA de um pedaço de esparadrapo branco que foi usado para amarrar as mãos e tornozelos das vítimas. Na época, o DNA correspondia ao de um suspeito então vivo.

"Conseguiremos resolver". Em entrevista ao canal ABC 10 em 2021, Mike Gamberg, um investigador ligado ao caso, disse: "Acredito que, de uma forma ou de outra, conseguiremos resolver isso".

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