Lula lamenta morte de refém brasileiro e defende Estado palestino

O presidente Lula (PT) lamentou nesta segunda-feira (3) a morte do brasileiro Michel Nisembaum, mantido refém pelo Hamas na Faixa Gaza, e celebrou o reconhecimento do Estado palestino por países europeus.

O que aconteceu

Lula recebeu hoje o presidente da Croácia, Zoran Milanovic, no Palácio do Itaraty. Os dois conversaram sobre as guerras, transição energética, aquecimento global e acordos bilaterais, e o croata expressou condolências pela tragédia no Rio Grande do Sul.

"Foi com grande pesar que recebemos a notícia do falecimento do brasileiro", disse Lula, uma semana e meia após a confirmação da morte. O corpo de Nisenbaum foi encontrado pelo exército israelense no último dia 24. Segundo o país, ele e outros dois reféns foram mortos no dia 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel.

"A violação cotidiana do direito humanitário é chocante e tem vitimado milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças", continuou Lula. O brasileiro tem sido um dos principais críticos à postura de Israel no conflito, tanto que o Itamaraty retirou o embaixador do país, após os ataques de Rafah.

Michel Nisenbaum tinha dupla nacionalidade. Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, ele morava em Israel havia mais de 40 anos. Em dezembro, Lula recebeu seus familiares no Planalto para prestar solidariedade pelo desaparecimento.

Solução de dois Estados

O presidente também comemorou o reconhecimento do Estado da Palestina por Espanha, Irlanda e Noruega. Segundo Lula, o reconhecimento dos dois Estados é um caminho para a pacificação na região.

Esta tem sido uma pauta antiga do governo brasileiro, que reconhece a Palestina desde os anos 1970. Milanovic disse que a Croácia ainda não reconhece o Estado palestino, mas disse também celebrar a iniciativa dos colegas europeus.

O brasileiro também voltou a pedir cessar fogo permanente na região. "Que permita a entrada da ajuda humanitária em Gaza e pela libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas", disse Lula.

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