Itamaraty elogia reconhecimento da Palestina por Espanha, Irlanda e Noruega
O Itamaraty elogiou o reconhecimento da Palestina como Estado pela Espanha, Irlanda e Noruega.
O que aconteceu
O governo brasileiro afirma que a decisão é um "notável avanço histórico". "Contribui para responder aos anseios de paz, liberdade e autodeterminação daquele povo", disse o Ministério das Relações Exteriores em nota divulgada nesta quarta-feira (29).
Com a atualização, chegam a 145 os países que reconhecem a Palestina como Estado. Quem pode fazer isso são os Estados-membros que fazem parte da ONU, que tem hoje 193 países.
O Brasil fez o reconhecimento da Palestina em 2010. À época, esse reconhecimento foi feito por Lula, já perto do fim do segundo mandato dele na Presidência.
Ao exortar todos os demais países que ainda não o fizeram a reconhecer a Palestina como um Estado soberano, o Brasil reafirma a defesa da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.
Itamaraty, em nota divulgada nesta quarta (29)
Novos reconhecimentos irritaram Israel
Israel disse que as decisões são uma "recompensa pelo terrorismo" do Hamas. O país está em guerra contra o grupo extremista islâmico desde outubro do ano passado após um ataque ao sul do território israelense.
Chanceler israelense acusou a Espanha de ser "cúmplice" de incitações contra judeus. Em uma mensagem no X, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse que o presidente Pedro Sánchez de ser "cúmplice de incitação ao assassinato do povo judeu".
A Espanha rebateu as acusações com promessa de "resposta firme". O ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, disse que Israel "há muitos dias faz provocações, com comentários desprezíveis nas redes sociais contra o nosso governo", o da Irlanda e da Noruega. O diplomata prometeu "uma resposta coordenada, serena e firme" dos três países a estes "ataques" e "provocações"
*Com informações da AFP
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