Conteúdo publicado há 4 meses

Dono do X, Elon Musk diz que live de Trump na rede foi alvo de ciberataque

O bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), disse que a rede social foi alvo de um ciberataque pouco antes de iniciar a entrevista com o republicano Donald Trump, candidato às eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro.

O que aconteceu

Musk confirmou a informação em seu perfil. "Parece haver um ataque DDoS massivo em X. Trabalhando para derrubá-lo. Na pior das hipóteses, prosseguiremos com um número menor de ouvintes ao vivo e postaremos a conversa mais tarde", escreveu o bilionário na própria rede social.

Ataques cibernéticos, como ataques de negação de serviço (DDoS), podem derrubar um site, tornando-o inacessível para os usuários e prejudicando a capacidade da empresa de conduzir negócios online.

Após as dificuldades, Elon Musk informou aos seguidores que "continuaremos com o menor número de ouvintes simultâneos e, em seguida, postaremos o áudio não editado imediatamente depois".

Entrevista estava prevista para começar às 21h (horário de Brasília). Quem tentava acessar ao chamado Space para ouvir a conversa encontrava dificuldades ou simplesmente não conseguia. A reportagem do UOL só conseguiu acessar às 21h24, mas a entrevista ainda não havia começado. Nesse momento, havia apenas uma trilha de fundo. Mais de 80 mil pessoas aguardavam o início naquele momento.

Evento começou com 42 minutos de atraso e 177 mil ouvintes. Musk pediu desculpas pelo atraso e reforçou a informação de que o início foi adiado devido a um ataque cibernético. "Como esse ataque massivo ilustra, há muita oposição às pessoas apenas ouvirem o que o presidente Trump tem a dizer."

Musk se oferece para assumir um papel na administração Trump: "Acho que seria ótimo ter uma comissão de eficiência governamental que analisasse essas coisas e garantisse que o dinheiro do contribuinte, o dinheiro arduamente ganho pelos contribuintes, fosse gasto de forma adequada. Eu ficaria feliz em ajudar em tal comissão."

Campanha de Kamala Harris ironiza falhas técnicas em entrevista de Trump. Os democratas ressuscitaram um post do próprio republicano, feita em sua rede social, a Truth Social, em 2023, quando criticou problemas no evento de lançamento da campanha do governador da Flórida, Ron DeSantis, que disputaria as prévias republicanas com Trump. "Uau! O lançamento do Twitter de DeSantis é um desastre! Toda a sua campanha será um desastre. Assista!"

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Aliado de Donald Trump

Elon Musk tornou-se um crítico feroz do democrata Joe Biden. Ele costuma publicar mensagens para seus mais de 194 milhões de seguidores no X (antigo Twitter), nas quais critica os esforços do atual presidente dos Estados Unidos para promover a diversidade e a inclusão, assim como suas políticas migratórias.

União Europeia alertou Elon Musk sobre sua obrigação legal de impedir a eventual divulgação de conteúdos nocivos em sua plataforma. Em uma carta a Musk, o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, lembrou que a entrevista será "acessível aos usuários da UE" e, por isso, "monitoramos os riscos potenciais na UE associados à divulgação de conteúdos que podem envolver violência, ódio e racismo".

A rede X tornou-se o centro de uma acirrada controvérsia nas últimas semanas por permitir a divulgação de informações e materiais falsos vistos como um incentivo à violência em meio aos distúrbios nas ruas causados por grupos de extrema direita no Reino Unido.

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, realiza uma investigação sobre a adaptação das regras de funcionamento do X à LSD (Lei dos Serviços Digitais), que regula o funcionamento das plataformas na UE. "[Por esta razão, Breton alertor Musk que] qualquer efeito negativo do conteúdo ilegal no X na UE (...) pode ser relevante no contexto do procedimento atual".

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