Tribunal da Venezuela manda prender candidato da oposição

A acusação se baseia na criação de um site em que a oposição publicou o que diz serem cópias das atas de mais de 80% das urnas, que mostrariam que González venceu as eleições com cerca de dois terços dos votos. Maduro diz que o material é "fraudulento".

González foi convocado três vezes a prestar depoimento sobre a acusação, mas não compareceu. Escondido desde o dia 30 de julho, ele argumenta que o MP atua como "acusador político" e que seria submetido a um processo "sem garantias de independência e do devido processo".

EUA confiscam avião de Maduro

Os Estados Unidos anunciaram ter apreendido um avião usado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O jato Dassault Falcon 900EX foi confiscado na República Dominicana e levado para a Flórida.

O Departamento de Justiça alega que a aeronave foi comprada no mercado americano por "indivíduos ligados a Maduro, usando uma empresa de fachada com sede no Caribe", em violação a sanções impostas unilateralmente pelos EUA contra pessoas e organizações venezuelanas. O negócio teria sido fechado entre o final de 2022 e o começo de 2023 por US$ 13 milhões (R$ 73 milhões de reais no câmbio atual).

Em nota, o governo da Venezuela chamou o confisco de "uma prática criminosa reincidente que não pode ser qualificada de outra coisa que não seja pirataria".

Reino Unido suspende venda de armas a Israel

O Reino Unido suspendeu as licenças de exportação para Israel de 35 armamentos "que podem ser usados no conflito atual em Gaza". Segundo o ministro do Exterior, David Lammy, a medida foi tomada porque "há um risco claro de que eles possam ser usados para cometer ou facilitar [atos] em grave violação do direito humanitário internacional."

Apesar da iniciativa, Lammy disse que o Reino Unido e o Partido Trabalhista continuam apoiando o direito de autodefesa de Israel. Segundo a BBC, a medida tem um impacto mais político do que militar. Apenas 1% das importações de armas por Israel vem do Reino Unido, 69% vêm dos EUA. O Reino Unido, porém, tem sido um dos principais aliados de Israel desde a criação do país, em 1948.

Israel e Hamas sobem o tom

Netanyahu e o Hamas endureceram o discurso nessa segunda-feira, depois que Israel recuperou os corpos de seis reféns mortos pelo grupo palestino no domingo e milhares de israelenses foram às ruas demandar de Netanyahu um acordo de cessar fogo.

"Que mensagem [o cessar fogo] passaria para o Hamas? Mate reféns e ganhe concessões?", disse Netanyahu. Um porta-voz das Brigadas de Al-Qassan, a ala militar do Hamas, disse que, se Israel insistir "na pressão militar em vez de concluir um acordo, eles [os reféns] retornarão para suas famílias em caixões".

Ainda nesta segunda, questionado se Netanyahu estava fazendo "o suficiente por um acordo para libertar os reféns", o presidente americano, Joe Biden, respondeu "não". Mas Biden também disse que "os líderes do Hamas pagarão por esse crime", em referência aos mortos.

Putin desafia TPI

Putin se reuniu hoje com o presidente da Mongólia, Khürelsükh Ukhnaa, em sua primeira visita a um país signatário do Tribunal Penal Internacional, que emitiu uma ordem internacional de prisão contra o presidente russo. O mandado foi ignorado pelo governo mongol.

Putin está no país a convite para as comemoração da derrota do Japão pelas forças russas e mongóis às vésperas da Segunda Guerra Mundial. O governo de Kiev acusou a Mongólia de "permitir que um criminoso escape da Justiça".

O episódio expõe as limitações do tribunal, que não conta com ferramentas para fazer com que suas decisões sejam cumpridas. Em maio, um promotor do tribunal pediu a prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e de três líderes do Hamas, mas o caso ainda não foi a julgamento.

Coreia x Telegram

A polícia da Coreia do Sul abriu uma investigação sobre o Telegram, com a alegação de que o aplicativo de mensagens é suspeito de cumplicidade na distribuição de imagens deepfake de sexo explícito com adolescentes coreanas. O inquérito foi aberto após casos do tipo ganharem manchetes no país e provocarem uma onda de indignação pública.

Na semana passada, o fundador da empresa, Pavel Durov, foi preso na França, onde é investigado por acusações similares e também por, supostamente, facilitar outros crimes como tráfico de drogas e racismo.

A Rússia, país onde Durov nasceu, acusou a França de motivações políticas. O Telegram é amplamente usado pelas forças militares russas para comunicação e coordenação da ofensiva na Ucrânia.

Deu no New York Times

James Carville: Três coisas que Kamala precisa fazer para vencer. Em um artigo de opinião, o mais famoso marqueteiro político dos EUA, tido como um dos artífices da vitória de Bill Clinton em 1992, diz que o desafio de Kamala Harris é se vender como a candidata do novo, apesar de fazer parte da atual administração.

Para Carville, ela tem de se distanciar das políticas de Biden e de suas "posições exóticas" da época das primárias de 2000, além de "deixar Trump ser Trump". Leia mais.