Conteúdo publicado há 3 meses

Brasileiro é procurado no Chile suspeito de golpe em tratamentos estéticos

Um brasileiro que se apresentava como médico no Chile está sendo procurado no país vizinho por suspeita de aplicar golpes relacionados a procedimentos estéticos. A informação foi noticiada pelo jornal chileno LUN e confirmada ao UOL pelo Ministério Público local.

O que aconteceu

Uma ordem de prisão já foi emitida contra João Mota de Oliveira. Segundo o jornal chileno, em reportagem publicada nesta sexta-feira (13), ele deveria ter se apresentado em um tribunal da cidade de Punta Arenas, mas não compareceu.

O procurador Cristián Crisosto disse que não há provas de que o brasileiro é médico. "Nem sequer conseguimos encontrar alguma prova que certifique que este senhor seja médico. De qualquer forma, não estava autorizado a exercer a profissão no Chile", explicou ao LUN.

O Ministério Público de Punta Arenas recebeu seis denúncias contra João Mota. Uma das supostas vítimas é María Ojeda, que foi atendida pelo brasileiro em dezembro de 2022.

O UOL não conseguiu localizar a defesa de João Mota. O espaço segue aberto para manifestação.

O Conselho Federal de Medicina informou que o brasileiro não está registrado no sistema de conselhos de medicina.

Tratamento para 'papada'

María disse que conheceu o suposto médico por meio do Instagram. "Era uma conta bem convincente. Tinha depoimentos de várias pessoas que falavam que seus tratamentos davam resultado, e com preços convincentes", explicou ao jornal chileno.

Ela foi atendida em uma sala alugada para médicos passageiros em Santiago, o que é comum na cidade, segundo a mulher. "Não há muitos médicos especialistas aqui, mas, às vezes eles vêm, alugam uma sala, atendem a gente e depois vão embora", acrescentou.

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João Mota teria injetado um "líquido transparente" para tratar a papada da cliente. Ele cobrou 700 mil pesos chilenos (cerca de R$ 4.212) pelo serviço. "Dois ou três dias depois, a pele do meu rosto começou a descascar, como quando você se queima no sol. Também apareceram alguns machucados nos lábios", contou María.

Ela afirmou que voltou ao local do atendimento para confrontar o brasileiro. "Foi uma discussão forte, e ele ficou muito agressivo. Não quis me atender mais e não devolveu meu dinheiro", disse. "Descobri que ele estava fazendo o mesmo com muitas mulheres, prometendo tratamentos que não cumpria e que não serviam para nada", acrescentou.

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