Após explosões, 2 soldados israelenses são mortos na fronteira com o Líbano
Após uma sequência de explosões de pagers e walkie-talkies, que deixaram 37 pessoas mortas e milhares feridas, dois soldados israelenses morreram nesta quinta-feira (19) perto da fronteira norte do país com o Líbano.
O que aconteceu
Soldados foram mortos em combate. As informações foram divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel. A fronteira de Israel com o Líbano é palco de confrontos quase diários com o Hezbollah.
As vítimas são o major reservista Nael Fwarsy, de 43 anos, e o sargento Tomer Keren, de 20. De acordo com o Exército de Israel, os soldados "caíram em combate" em incidentes separados. As famílias dos oficiais foram notificadas, segundo o comunicado.
Um deles foi morto por um drone e o outro por um míssil disparado pelo Hezbollah através da fronteira. As informações são do canal N12 News de Israel.
O Exército israelense anunciou hoje que lançou novos bombardeios contra o Hezbollah no norte do país. As autoridades indicaram que Israel "está atualmente atacando alvos do Hezbollah no Líbano para minar as capacidades e infraestruturas terroristas do grupo", com o objetivo, como as Forças Armadas haviam indicado anteriormente, de que os israelenses deslocados pela violência no norte do país possam retornar às suas casas.
Líder do Hezbollah falou sobre a volta de israelenses para o norte do país
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que fará de tudo para que os cidadãos israelenses que vivem no norte do país não consigam voltar para suas casas.
Ele garantiu que Israel que não poderá devolver os residentes deslocados do norte de Israel às suas áreas. "Deixe-me dizer ao governo israelense, ao exército israelense e ao povo israelense: vocês não conseguirão. Digo ao primeiro-ministro Netanyahu: você pode fazer o que quiser, mas não conseguirá. A única solução é parar a agressão contra o povo de Gaza. Nenhuma escalada militar, nenhuma matança, nenhuma guerra total devolverá os seus colonos à zona fronteiriça. Você sabe disso", afirmou.
Declaração sobre a fronteira ocorre após o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmar que o "centro de gravidade" da guerra está se deslocando para o norte. A área é onde Israel enfrenta o movimento libanês Hezbollah. "O centro de gravidade está se deslocando para o norte, recursos estão sendo alocados [para essa frente]", indicou Gallant, acrescentando que este é o "início de uma nova fase da guerra" que Israel e o movimento Hamas travam há quase um ano na Faixa de Gaza.
Hassan Nasrallah também mencionou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu em seu pronunciamento. O chefe do movimento xiita libanês garantiu que as operações no sul do Líbano não serão interrompidas até que a guerra em Gaza termine.
Nasrallah acusou Israel de ser o responsável pela onda de explosões de pagers e walkie-talkies no Líbano. Ataques deixaram 37 pessoas mortas e milhares feridas.
Nasrallah Nasrallah declarou que Israel ultrapassou "todas as restrições e linhas vermelhas ao realizar os ataques coordenados". Segundo o líder do Hezbollah, alguns dos ataques ocorreram em hospitais, farmácias, mercados, lojas comerciais, residências, veículos particulares e vias públicas onde estão presentes milhares de civis, incluindo mulheres e crianças.
O líder do Hezbollah afirmou que os ataques pretendiam "matar 4 mil pessoas num só momento". "Esta era a intenção do inimigo e esta é a escala da criminalidade", disse. Esse foi o primeiro discurso oficial de Nasrallah após as explosões de pagers e walkie-talkies no Líbano, nos últimos dois dias. O pronunciamento foi transmitido por redes de TV e rádio do Líbano.
Ele classificou a onda de explosões como "um ato terrorista" e um "massacre". Ele também diz que os ataques foram uma declaração de guerra contra o povo do Líbano e a soberania do país.
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