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Pobreza na Argentina sobe e atinge 52,9% da população no governo de Milei

A pobreza na Argentina cresceu para 52,9% da população no primeiro semestre de 2024. É o maior número registrado desde 2003.

O que aconteceu

Os dados foram calculados pela EPH (Pesquisa Permanente por Domicílios), um programa nacional que produz indicadores sociais. Segundo o balanço, apresentado nesta quinta-feira (26), o número de pobres na Argentina chega a quase 25 milhões de pessoas. A miséria pulou para 18,1% da população total e atinge 8,5 milhões de pessoas.

Número de pessoas pobres teve forte aumento em um semestre. O país terminou com 19,5 milhões de pobres em 2023, ou seja, houve um aumento de 5,4 milhões de novos pobres e quase três milhões de pessoas a mais na pobreza extrema em apenas seis meses. A pobreza entre menores de 14 anos chegou a 66%, ou 7,3 milhões de crianças.

As regiões com o maior índice da pobreza foram:

  • Gran Resistencia, com 76,2%
  • Formosa, com 67,6%;
  • La Rioja, com 66,4%;
  • Santiago del Estero-La Banda, com 64%.

A cidade de Buenos Aires apareceu com a menor pobreza relativa. Foram 23,1% do total da população local. Isso significa que mais de 2 milhões de pessoas pobres vivem na capital argentina.

Os dados são a primeira evidência concreta do aumento da pobreza desde que o presidente Javier Milei assumiu o governo. A taxa oficial de pobreza foi de 41,7% no segundo semestre de 2023.

Os cortes de gastos do presidente têm sido aplaudidos pelos mercados e investidores. A alegação é de que a medida ajuda a corrigir as finanças do Estado após anos de déficits, mas têm empurrado o país para uma profunda recessão, embora haja sinais de que a economia possa ter já passado pelo pior.

Programas de bem-estar foram ampliados, segundo o governo. A Secretaria da Infância, Adolescência e Família disse à agência de notícias Reuters nesta semana que o governo havia ampliado dois programas de bem-estar, o Subsídio Universal para Crianças e um programa de Cartão Alimentação, que está ajudando a sustentar muitas famílias.

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*Com informações da agência Reuters

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