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Caçadores de tempestade voam dentro do furacão Milton, que ameaça Flórida

Caçadores de tempestade voaram dentro do olho do furacão Milton, que ameaça a região da Flórida e do Golfo do México. A tempestade foi rebaixada da categoria 5 para 4 nas últimas horas, mas continua "extremamente perigosa", alertou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).

O que aconteceu

Os chamados 'caçadores de furacão' foram coletar dados que ajudam meteorologistas a fazer previsões precisas e dão suporte à pesquisa sobre furacões. O voo da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) ocorreu na segunda-feira (7).

Missão também serve para localizar o centro da tempestade e medir a pressão e os ventos de superfície no olho do furacão. Os pesquisadores e pilotos usaram a aeronave Miss Piggy, projetada para caçar submarinos durante a Guerra Fria.

Furacão deve causar chuvas e ventos torrenciais. Previsão é que atinja os estados mexicanos Yucatán, Quintana Roo e Campeche, sem tocar o solo, informou a presidente Claudia Sheinbaum. Além disso, a tempestade deve chegar a Tampa, na Flórida, na quarta-feira (9).

Moradores da Flórida enfrentam longos congestionamentos para tentar fugir do furacão Milton. Autoridades recomendaram que moradores de Tampa deixem a região. Quem decidiu ficar está protegendo as lojas e casas com tapumes de madeira e sacos de areia.

Morador protege janelas com tábuas antes da chegada do furacão Milton em Palm Harbor, na Flórida
Morador protege janelas com tábuas antes da chegada do furacão Milton em Palm Harbor, na Flórida Imagem: BRYAN R. SMITH/AFP

Presidente Joe Biden declarou estado de emergência para a Flórida. A medida permite o início de operações federais para lidar com desastres. O governador da Flórida, Ron DeSantis, alertou sobre o risco do furacão: "Vai ser poderoso, então, por favor, tomem as precauções adequadas. Ele [furacão Milton] tem o potencial de causar muitos danos".

Milton aumentou 140 km/h em 24 horas e é uma das tempestades que mais rapidamente ganhou força no Atlântico, segundo o NHC. Antes dele, o Wilma, que atingiu Cuba, Haiti e os EUA em 2005, aumentou 177 km/h em um período de 24 horas, e o furacão Felix, que passou pela América Central, em 2007, registrou aumento dos ventos em 160 km/h em apenas um dia.

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