Grupo contrai parasita raro após comerem carne de urso em churrasco nos EUA

Dez pessoas foram infectadas por um parasita raro após comerem carne de urso durante um churrasco. Caso foi registrado na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, em novembro de 2023, mas foi tornado público agora pelo Centro de Controle de Doenças norte-americano (CDC, na sigla em inglês).

O que aconteceu

O grupo de infectados contraiu triquinelose, que é uma parasitose provocada pelo parasita do gênero Trichinella. Pelo menos 22 pessoas comeram carne mal passada do urso em um churrasco, mas dessas apenas dez foram diagnosticadas com o parasita, incluindo uma criança de 10 anos, segundo o CDC.

Pacientes infectados têm entre 10 e 40 anos e apresentaram sintomas gripais como febre, sofreram inchaço no rosto e dores musculares. Nove dos dez infectados tiveram inchaço facial, seis relataram dores musculares e quatro apresentaram febre.

O período médio de incubação da parasitose varia de sete a 26 dias. Além dos sintomas descritos pelo grupo, uma pessoa infectada pelo Trichinella também pode sofrer dores abdominais e diarreia. Em casos mais grave, o parasita pode provocar a morte. No caso dos infectados na Carolina do Norte, todos receberam tratamento e passam bem.

Seres humanos são infectados pelo Trichinella ao consumirem carne mal passada de um animal que esteja infectado pelo parasita. O Centro de Controle de Doenças dos EUA alerta para o aumento nos casos de pessoas diagnosticadas com triquinelose, que está diretamente associada à caça de animais selvagens.

Legislação dos EUA permite a caça de animais selvagens para alimentação, mas não para comercialização. Aos que forem comer esses animais, o CDC orienta que o alimento deve ser cozido a até 74ºC para garantir que é seguro para consumo.

"A comunicação sobre a preparação segura de carne de caça selvagem é a maneira mais eficaz de prevenir a triquinelose. Cozinhar carne de caça selvagem a uma temperatura interna de 74ºC é necessário para matar parasitas do gênero Trichinella", escreveram os autores do relatório divulgado pelo CDC.

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