R$ 3,5 bilhões e formas em 'S': como será embaixada dos EUA em Brasília

Os Estados Unidos inaugurarão em 2030 um novo prédio para a Embaixada em Brasília. As obras, que começaram em maio de 2023, devem exigir um investimento de R$ 3,5 bilhões, informou o Departamento de Estado dos EUA à Folha.

Como será a nova Embaixada

O novo complexo foi encomendado em 2016. Na ocasião, o governo americano contratou o Studio Gang, de Chicago, para realizar o projeto arquitetônico, em parceria com a empresa de engenharia Caddell Construction Co., de Montgomery, no estado do Alabama.

A previsão inicial era de que as obras fossem finalizadas em 2028. Outros dois anos, no entanto, devem ser investidos em acabamentos e anexos, como áreas de lazer e moradias para as forças de segurança, informou o Estadão.

Atualmente, funcionários trabalham na etapa de fundação do prédio principal. Vigas foram instaladas a 29 metros de profundidade.

O novo prédio deve respeitar características da paisagem do original e de Brasília, considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Haverá um pátio assinado pelo paisagista modernista brasileiro Roberto Burle Marx, além de fachada e estruturas em concreto curvo —o formato em "S" é inspirado nas construções de Oscar Niemeyer vistas na capital. Além disso, plantas nativas do Cerrado serão mantidas nos entornos da sede.

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Imagem: Divulgação/The U.S. Department of State Bureau of Overseas Buildings Operations
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O prédio deverá ser energeticamente eficiente. O design recebeu certificação de consumo reduzido de energia. A meta do Departamento de Estado é que a nova Embaixada também receba a certificação "prata" LEED, em liderança energética e ambiental, até a conclusão das obras. O projeto inclui painéis de energia solar, sistema de gerenciamento de águas pluviais e sistema de feixes refrigerados para climatizar as dependências.

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O projeto prevê espaços abertos e fechados interligados para que o clima da cidade seja sentido pelas pessoas nas suas dependências. Também deve haver aproveitamento de luz e ventilação natural.

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Na fachada, azulejos coloridos em cerâmica devem recobrir parte do concreto. O modelo é apresentado como uma "herança do modernismo brasileiro" e da nossa "vida urbana vibrante".

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A expectativa dos EUA é de que a construção tenha impacto econômico local de R$ 1,07 bilhão. O Escritório de Operações de Prédios no Exterior do Departamento de Estado informou à Folha que atualmente 230 trabalhadores já atuam no canteiro seis dias por semana —o número deve ser expandido para 400 em breve.

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Artistas brasileiros e americanos devem marcar presença nas dependências. Galerias e áreas comuns ganharão obras de nomes dos EUA e de brasileiros, como o artista plástico Ernesto Neto, que deve ser responsável por uma instalação, e a artista Beatriz Milhazes, com uma tapeçaria.

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Reuniões e festas serão em áreas abertas. O projeto da nova Embaixada contempla um centro fitness, com áreas de práticas de atividades físicas e bem-estar. Estes ambientes externos devem receber toques brasileiros, como paredes de cobogó (blocos vazados de concreto ou barro) e espelhos d'água.

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Imagem: Divulgação/The U.S. Department of State Bureau of Overseas Buildings Operations

A nova embaixada terá capacidade aumentada para 450 funcionários. O novo prédio deverá ocupar 22 mil metros quadrados dos 50 mil do seu terreno, segundo a Folha, com múltiplos níveis.

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