Ganha, mas não leva? Entenda como funciona eleição para presidente dos EUA
A eleição para a Presidência dos Estados Unidos ocorre de forma indireta. Os eleitores de cada estado escolhem os representantes do colégio eleitoral (ou delegados). Na prática, o partido vencedor de cada estado ganha um determinado número de "pontos", representados pelo total de delegados.
O número de delegados em cada estado varia de 3 a 54. O cálculo leva em conta o tamanho da população e o número de parlamentares.
O candidato vencedor ganha o total de delegados de cada estado, independente das porcentagens. Por exemplo, se a votação ficar 51% a 49% em um estado com dez delegados, o candidato que teve mais votos levará os dez representantes.
Os estados de Maine e Nebraska são os únicos que fogem à regra, usando o método do distrito congressional. Neste caso, os estados indicam dois votos de delegados para o vencedor no estado todo e mais um delegado para o vencedor em cada distrito.
Califórnia, Texas e Flórida são os estados que valem mais. São 54, 40 e 30 delegados respectivamente. Seis estados (Alasca, Dakota do Norte, Dakota do Sul, Delaware, Vermont e Wyoming) e a capital Washington são os que têm menos delegados, com três cada um.
Diferentemente do Brasil, o voto não é obrigatórios nos EUA. Pessoas a partir dos 18 anos estão aptas a votar, mas podem se abster.
Ao contrário das eleições brasileiras, nos EUA é possível que um candidato receba a maioria dos votos populares, mas perca a eleição. Em 2016, Donald Trump teve quase três milhões de votos a menos do que Hillary Clinton, mas foi eleito porque somou 306 delegados. A mesma situação aconteceu nas eleições presidenciais de 1824, 1876, 1888 e 2000.
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