Comando vigia 24h: como é a operação do FBI para proteger a eleição nos EUA
O FBI (Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos) montou um posto de comando para analisar e defender o sistema eleitoral americano de possíveis ameaças. Saiba como funciona.
O que aconteceu
Operação funcionará em 24 horas por dia até depois da eleição. A agência informou que o objetivo é que seus funcionários estejam bem-posicionados para responder rapidamente à qualquer ameaça ao sistema eleitoral que possa surgir. As operações começaram na última sexta-feira (1) e devem se estender até o próximo sábado (9).
Posto de comando observará reclamações a partir de 55 estações do FBI. Com isso, a expectativa é impedir crimes eleitorais federais, ameaças a trabalhadores eleitorais, operações de influência maligna estrangeira, ameaças cibernéticas e atos de terrorismo doméstico.
Estação principal reúne mais de 90 pessoas no Distrito de Columbia. O vice-diretor assistente da Divisão de Investigação Criminal do FBI, James Barnacle, afirmou que cada ameaça ao sistema eleitoral será identificada e os dados serão cruzados com bases da agência e de outros órgãos governamentais, como o Departamento de Justiça. "Nós olhamos para essas informações de ameaça, procuramos nos nossos índices, e trabalhamos com nossos parceiros", explicou.
FBI trabalha com vários órgãos. Entre eles, estão o Departamento de Justiça dos EUA, o Serviço de Inspeção Postal dos EUA, o Escritório do Inspetor Geral do Serviço Postal dos EUA, o Serviço Secreto dos EUA, a Polícia do Capitólio dos EUA, o Departamento de Segurança Interna, a Comissão de Assistência Eleitoral e a Comissão Federal de Comunicações.
Risco de contestação do sistema eleitoral é alto. Especialistas e oficiais temem que uma possível derrota de Donald Trump na eleição cause revoltas violentas, como ocorreu em 6 de janeiro de 2021. À época, apoiadores de Trump invadiram e atacaram o Capitólio, no que foi considerado um dos maiores ataque à democracia dos Estados Unidos.
Sentimos que estamos bem posicionados para lidar e triar as informações que chegam. Temos as pessoas no lugar. Identificamos as pessoas certas nas diferentes agências. Desenvolvemos essas parcerias nos últimos anos. Vamos pegar as informações que chegam, e vamos levá-las através do nosso processo, e vamos compartilhar essas informações [com parceiros].
Quando as informações são ameaçadoras e chegam a violar as leis federais, então procuramos agir.
James Barnacle, vice-diretor assistente da Divisão de Investigação Criminal do FBI
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