Republicanos retomam maioria no Senado dos EUA após quatro anos
O Partido Republicano, de Donald Trump, retomou o comando do Senado na madrugada desta quarta-feira (6). Eles conseguiram chegar a 51 cadeiras ocupadas pela primeira vez em quatro anos.
O que aconteceu
Os republicanos já possuíam 38 cadeiras, que não estavam em disputa. Com as 13 conquistas, chegam à maioria dos 100 representantes.
Já o Partido Democrata tem, no momento, 41 cadeiras ocupadas. Eles já possuíam 28 representantes no Senado.
O Congresso se divide entre a Câmara, onde estão em jogo todas as 435 cadeiras, e o Senado, onde há 34 vagas em disputa este ano. O resultado desta terça desempenhará um papel importante na determinação da facilidade com que o vencedor da eleição presidencial governará até as próximas eleições para o Congresso em 2026.
O atual governador de Virgínia Ocidental, Jim Justice, derrotou o ex-prefeito Glenn Elliott. Eles disputavam para substituir o moderado Joe Manchin, que está se aposentando e votava como independente ao lado dos democratas no Senado.
Em Ohio, o republicano Bernie Moreno, nascido na Colômbia, conseguiu mais uma cadeira no Senado para seu partido. Ele superou o democrata Sherrod Brown, que ocupava o cargo desde 2007.
As vitórias de Justice e Moreno reverteram a vantagem democrata de 51-49 no Senado. Os republicanos ainda podem ampliar sua vantagem com possíveis triunfos em Montana, Wisconsin e Pensilvânia.
Disputa na Câmara
O cenário é menos claro na Câmara, onde os republicanos detêm uma estreita maioria de 220 a 212 votos, do que no Senado. Os analistas dizem que os democratas poderiam facilmente conquistar cadeiras suficientes para ganhar o controle da Câmara, embora não haja sinais de uma "onda", semelhante à de 2018 ou 2010, que resultaria em uma mudança decisiva no poder.
Com pelo menos 200 assentos seguros para cada partido, o lado vencedor terminará provavelmente com uma maioria estreita que poderá dificultar o governo. Isso ficou evidente nos últimos dois anos, já que as brigas internas republicanas levaram a votações fracassadas e à turbulência na liderança, prejudicando os esforços do partido para cortar gastos e restringir a imigração.
As disputas acirradas nos estados fortemente democratas de Nova York e Califórnia podem determinar o controle da Câmara. Porém, o resultado pode não ser conhecido por vários dias por causa da Califórnia, que adota medidas que prolongam a contagem.
*com informações da AFP e Reuters
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