Coreia do Sul diz que Kim Jong-un lançou míssil em dia de visita de Blinken ao país
A Coreia do Norte lançou nesta segunda-feira (6) um míssil balístico em direção ao Mar do Japão, no dia da visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Seul. Este é o primeiro teste de míssil de Pyongyang em 2025.
Os últimos lançamentos ocorreram em 6 de novembro. A Coreia do Norte já havia testado um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido, o mais avançado de seu arsenal, segundo Pyongyang.
"Nossos militares detectaram um projétil, um míssil balístico de médio alcance, que foi lançado da região de Pyongyang em direção ao Mar do Leste por volta das 12h (horário local)", anunciou o Estado-Maior da Coreia do Sul.
O Ministério da Defesa do Japão também confirmou na rede X que havia detectado um míssil da Coreia do Norte e o projétil parecia ter caído no mar.
O lançamento ocorreu durante uma viagem de despedida do secretário de Estado americano, Antony Blinken à Seul e Tóquio, antes da chegada de Donald Trump à Casa Branca, no dia 20 de janeiro.
"Condenamos o lançamento dos mísseis, que é uma nova violação de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Blinken em uma coletiva de imprensa conjunta com o chanceler sul-coreano Cho Tae-yul.
O secretário de Estado dos EUA também afirmou que a Rússia planeja compartilhar tecnologias avançadas de satélite com Pyongyang.
Durante a presidência de Joe Biden, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão fortaleceram sua aliança militar para enfrentar as ameaças da Coreia do Norte, que agora descreve o sul como seu "principal inimigo", e afima que a reunificação é impossível.
Pyongyang também se aproximou de Moscou, assinando um pacto de defesa mútua e enviando milhares de soldados norte-coreanos para lutar na Ucrânia.
Crise política
O lançamento do míssil norte-coreano ocorre em meio a uma das piores crises políticas da Coreia do Sul. O presidente deposto Yoon Suk-yeol tentou dar um golpe ao impor a lei marcial em 3 de dezembro, sofreu impeachment e é alvo de um mandado de prisão.
O Escritório de Investigação da Corrupção, responsável pelo caso, disse nesta segunda-feira que pediria uma prorrogação do mandado para prender Yoon.
Ele está escondido em sua residência em Seul e está sendo protegido pelos seus seguranças, que impediram a execução do mandado de prisão emitido em 31 de dezembro por um tribunal de Seul. O documento expira à meia-noite de segunda-feira no horário local.
"Pretendemos pedir uma prorrogação hoje", disse Lee Jae-seung, vice-diretor do Escritório de Investigação de Corrupção, em uma coletiva de imprensa.
As negociações entre diferentes serviços de segurança estão em andamento. A polícia recusou um pedido do Escritório, pedindo que ela se encarregasse da detenção do presidente deposto.
"A execução do mandado de prisão para o presidente Yoon é de responsabilidade Escritório", disse um policial a repórteres. Mas "consideraremos a possibilidade de prender qualquer membro da guarda pessoal do presidente que dificulte o processo durante a execução do segundo mandado", acrescentou.
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