Vídeo de mulher nua é exibido em julgamento de ex-presidente da Colômbia
Ler resumo da notícia
Um vídeo de uma mulher nua e outro de uma pessoa dançando foram reproduzidos por erro durante o julgamento virtual do ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe. O caso gerou risos e constrangimento entre os participantes da audiência no último dia 7.
O que aconteceu
A promotora Marlene Orjuela tentava exibir gravações de conversas entre advogados envolvidos no caso de suborno e fraude processual contra Uribe. No entanto, ao invés dos áudios, foram reproduzidos dois vídeos inapropriados: o primeiro mostrava uma pessoa dançando com uma garrafa de bebida alcoólica, e o segundo, uma mulher nua.
A promotora pediu desculpas pelo erro, explicando que havia 57 arquivos de vídeos e áudios para revisar. O julgamento ocorria de forma virtual. A próxima audiência está marcada para hoje.
Senhora juíza, minhas desculpas. Queríamos mostrar tudo o que [Diego Cadena] enviou, mas não previmos que isso aconteceria
Marlene Orjuela

O erro gerou risos entre os advogados das vítimas e a juíza, que tentou retomar a seriedade da audiência. Uribe, de 72 anos, que enfrenta acusações de suborno de testemunhas e fraude processual, permaneceu impassível durante o ocorrido.
Vídeo da audiência foi editado e teve trecho removido, mas imagens ganharam as redes sociais. A audiência completa, que foi transmitida ao vivo e posteriormente postado no YouTube, foi editado e teve o conteúdo errado removido. No entanto, cortes foram compartilhados nas redes sociais. O UOL decidiu não reproduzir os vídeos.
Julgamento
Álvaro Uribe, que foi presidente da Colômbia entre 2002 e 2010, é acusado de oferecer benefícios financeiros a testemunhas para influenciar processos judiciais contra ele. Se condenado, ele pode enfrentar até 12 anos de prisão por suborno e mais oito por fraude processual.
O julgamento é resultado de uma longa investigação que começou em 2012, quando Uribe acusou o senador Iván Cepeda de manipular testemunhas. A Corte Suprema da Colômbia, no entanto, decidiu investigar o próprio Uribe por suposta manipulação de testemunhas.
A investigação contra Uribe ganhou força em 2018, quando a Corte Suprema interceptou ligações telefônicas. Os áudios sugeriam que o ex-presidente e sua equipe jurídica tentaram subornar testemunhas para mudar seus depoimentos. Entre os envolvidos estão os advogados Diego Cadena e Juan José Salazar, que teriam agido sob ordens de Uribe.
Uribe renunciou ao Senado em 2020 para que seu caso fosse julgado pela Justiça comum, mas a promotoria descartou as acusações por falta de provas. No entanto, após pressão judicial, o caso foi reaberto, e o julgamento começou na semana passada.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.