Desaparecimento de savanas africanas ameaça a vida de leões, alerta estudo
As savanas da África e os leões que vivem ali estão desaparecendo a um ritmo alarmante, com uma redução de dois terços nos últimos 50 anos, segundo estudo publicado na última terça-feira (4).
Usando informações obtidas via satélite, pesquisadores da Universidade Duke descobriram que apenas 32 mil leões vivem agora nas savanas do continente, em comparação com cerca de 100.000 que habitavam ali em 1960.
A redução foi particularmente extrema na África ocidental, região em que as populações humanas dobraram nas últimas três décadas, segundo estudo publicado na revista Biodiversit and Conservation. A pesquisa sustenta que menos de 500 leões permanecem na região.
"Só resta 25% de um ecossistema que antes era um terço maior do que o território continental dos Estados Unidos", disse Stuart Pimm, da Escola Nicholas de Meio Ambiente da Universidade de Duke.
O cientista explicou que a queda se devia à mudança no uso do solo e o desmatamento realizado pela crescente população humana que invade o hábitat dos leões.
Pimm e seus colegas mapearam as áreas que ainda são favoráveis para a sobrevivência dos leões mediante a utilização de imagens via satélite do Google Earth, informação sobre a densidade da população humana e estimativas sobre a população de leões.
Os pesquisadores descobriram que apenas 67 extensões de savana ao longo do continente, definidas como áreas que recebem entre 25 e 150 centímetros de chuva anual, tem densidade populacional e impacto humano suficientemente baixos para permitir a vida dos leões.
Por outro lado, apenas 10 destas áreas são consideradas "fortalezas", onde os leões têm chances excelentes de sobreviver, muitas delas em parques nacionais.
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