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Reativação do programa nuclear é prioridade para o governo, diz ministro

Da Agência Brasil

Em Brasília

17/04/2013 16h09

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, afirmou hoje (17) durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, que a reativação do programa nuclear brasileiro para fins pacíficos é um dos principais programas do ministério e prevê a construção de um reator que produzirá energia limpa para utilização medicinal.

Segundo o ministro, os recursos para o desenvolvimento desse programa são de R$ 850 milhões e a construção do reator deverá atender à demanda de produção de insumos para medicina nuclear, além de ser utilizado para pesquisas nessa área. “A produção de energia nuclear para fins pacíficos é uma decisão da qual não abrimos mão”, disse o ministro.

Outro programa em andamento no Ministério da Ciência e Tecnologia que o ministro Raupp destacou, é o de pesquisa espacial, interrompido há alguns anos, após uma explosão na torre de lançamentos de foguetes da Base de Alcântara (MA), que causou a morte de vários cientistas brasileiros. Ele lembrou que novos sistemas e veículos de lançamentos estão sendo desenvolvidos para que o Brasil possa colocar um satélite em órbita dentro de dois anos.

Raupp destacou também a construção de um navio de pesquisas oceanográficas e hidrográficas, em parceria com a Marinha e com a Petrobras. Um estaleiro chinês está encarregado do trabalho e o investimento do governo é de R$ 80 milhões. Ainda nessa área, o Ministério da Ciência e Tecnologia está desenvolvendo projetos para criar quatro centros de pesquisas marinhas no litoral brasileiro: no Rio Grande do Sul, no Nordeste, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina.

Durante a audiência, o ministro falou ainda sobre a atuação do ministério para estimular a inovação e as parcerias com empresas da área de ciência e tecnologia. Para isso, os principais instrumentos e recursos vêm do Plano Inova Empresa, lançado em março pelo governo federal e que prevê investimentos de R$ 32,9 bilhões para impulsionar a produtividade e a competitividade da economia brasileira, por meio da inovação tecnológica: a grande característica do projeto é integrar em uma mesma matriz todos os recursos destinados a estimular a atividade. Para implementar o Plano Inova Empresa, o governo vai criar a Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

O ministro também destacou o Programa Ciência sem Fronteiras como iniciativa do país em busca de competitividade. Pelo programa, 22 mil estudantes brasileiros já foram enviados para 35 países e milhares de estrangeiros foram recebidos em intercâmbio no Brasil.