Grupo acha aves ameaçadas em Honduras após 15 anos de buscas
Depois de 15 anos de buscas, cientistas norte-americanos e hondurenhos anunciaram a descoberta de três grupos de aves em risco de extinção nas colinas que cercam o fértil e extenso vale de Agalta, ao leste de Honduras.
Trata-se do gralhão, que tem como nome científico Ibycter americanus, uma das aves de rapina mais raras da América Central, popularmente conhecida como Cacau.
"Em fevereiro, com a ajuda de nativos, localizamos três pequenos grupos de Cacau nos riachos e colinas de uma das florestas mais remotas do país", disse o ambientalista hondurenho Isidro Zúniga.
"Construímos um esconderijo próximo para observar a família do Ibycter, que teve um filhote, durante seis semanas. E isto nos dá esperança de salvar esta espécie da extinção", acrescentou.
"Encontramos os Cacaus nas profundezas da cadeia de montanhas do município de Gualaco [província de Olancho, na fronteira com a Nicarágua], depois de mais de 15 anos procurando por eles", afirmou o líder do grupo de pesquisas, Mark Bonta, geógrafo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
O projeto é financiado pela The Peregrine Fund, uma organização não governamental do Idaho (EUA) dedicada à preservação de aves de rapina. O gralhão se alimenta especialmente de larvas de vespas e, às vezes, de carniça.
"O desafio para os cientistas é decifrar porque o Cacau está desaparecendo na América Central e tentar salvá-lo", disse Bonta. Atualmente há apenas 100 aves na região.
Bonta pediu ao governo hondurenho que adote ações para proteger a ave e seu habitat, ameaçado pelo desmatamento sem controle do vale de Agalta, de 600 quilômetros quadrados.
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