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Cidade alemã proíbe uso de cápsulas de café expresso em prédios públicos

Cápsulas não são facilmente recicláveis porque são feitas de uma mistura de plástico e alumínio. A borra de café restante também dificulta o processo - Getty Images
Cápsulas não são facilmente recicláveis porque são feitas de uma mistura de plástico e alumínio. A borra de café restante também dificulta o processo Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

22/02/2016 20h22

A cidade de Hamburgo, segunda maior da Alemanha, proibiu a compra de cápsulas de café por repartições públicas. A medida introduzida em janeiro faz parte de um grande esforço da gestão pública para reduzir a quantidade de resíduos sólidos lançados ao meio ambiente.

O Guia para Contratos Ecologicamente Responsáveis, um documento de 150 páginas, também baniu garrafas plásticas de água, produtos de limpeza à base de cloro, pratos e talheres de plástico, entre outros produtos.

Sobre as cápsulas de café, o documento afirma que “essas pequenas embalagens causam gastos desnecessários e geram resíduos que, geralmente, contêm alumínio poluente” e diz estar proibida a compra deles para uso em "Kaffee Kapselmaschine", ou máquina de cápsula de café. Em cada oito cafés vendidos na Alemanha, um deles vem de cápsulas individuais. 

O porta-voz do Departamento de Meio Ambiente e Energia de Hamburgo, Jan Dube, afirmou em entrevista à BBC que essas cápsulas não são facilmente recicláveis por serem “geralmente feitas de uma mistura de plástico e alumínio”.

“Nós aqui em Hamburgo pensamos que essas cápsulas com 6 gramas de café em um pacote de 3 gramas não devem ser compradas com o dinheiro do contribuinte”, afirma.

Além da complexidade da embalagem, a cápsula usada ainda guarda borra de café moído, o que a torna difícil de ser processada nas fábricas comuns de reciclagem do município.

O mercado do café em cápsula no Brasil saltou de R$ 19 milhões, em 2005, para R$ 1,4 bilhão, em 2015. Mais de 7.000 toneladas do café nas embalagens individuais foram vendidas no ano passado no país, segundo a consultoria Euromonitor. Mas, as empresas não informam quanto dessas cápsulas foram recicladas.