Topo

MPF obriga Huck a pagar indenização e retirar cerca de casa em Angra

Em 2011, o apresentador Luciano Huck foi condenado por ter instalado um cerco de boias em frente a sua casa na Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis  - Robson Ventura/Folhapress
Em 2011, o apresentador Luciano Huck foi condenado por ter instalado um cerco de boias em frente a sua casa na Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

17/10/2017 14h21

Seis anos após o apresentador Luciano Huck ser condenado por cercar com boias sua casa na Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis (RJ), o MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro) solicitou a execução da sentença, já que todas as opções de recursos foram esgotadas. 

Além de retirar as boias, Huck terá que pagar uma indenização no valor de R$ 40 mil por danos morais coletivos em decorrência da degradação ao ambiente. 

Luciano Huck - Raquel Cunha/Divulgação/TV Globo - Raquel Cunha/Divulgação/TV Globo
Huck disse que as boias são usadas na maricultura
Imagem: Raquel Cunha/Divulgação/TV Globo

Condenado em 2011, a defesa do apresentador afirmou que o cerco se destinava à maricultura. Mas, segundo o MPF-RJ [autor da ação], Huck usou "um pretexto para legitimar a apropriação de bem de uso comum do povo".

Após uma série de recursos negados, inclusive pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a sentença transitou em julgado em 1º de agosto de 2017, data a partir da qual não cabe mais recurso. Por isso, o MPF pede a intimação de Huck para comprovar o cumprimento da determinação judicial.

No requerimento de execução, o MPF pede, além da comprovação da retirada da estrutura de boias e da aplicação da indenização de R$ 40 mil, que também seja calculado o valor da multa referente ao descumprimento da decisão liminar concedida pela Justiça Federal em 2010.

Em nota, o apresentador disse que: "em agosto de 2017 foi comprovado, em juízo, o depósito da quantia atinente à condenação em danos morais". As boias "relacionadas à maricultura", segundo o texto, foram retiradas em outubro de 2010.