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Amazônia tem junho com maior número de focos de queimadas em 14 anos

Junho de 2021 bateu recorde de queimadas na Amazônia desde 2007 - Joao Laet / AFP
Junho de 2021 bateu recorde de queimadas na Amazônia desde 2007 Imagem: Joao Laet / AFP

Do UOL, em São Paulo

01/07/2021 09h57Atualizada em 01/07/2021 09h59

Dados divulgados hoje pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais) mostram que o mês de junho registrou o maior número de focos de queimada na Amazônia desde 2007. A comparação é com o mesmo mês dos anos anteriores.

Os satélites mostram que foram 2.308 focos de calor, o que representa um aumento de 2,6% em relação a junho de 2020, quando já havia sido batido o recorde histórico.

Em 2007, foram 3.519 incêndios registrados na Amazônia em junho. O recorde para o mês pertence a 2004, quando foram contabilizados 9.179 focos.

O Greenpeace Brasil relacionou o aumento das queimadas na Amazônia com o desmatamento e as mudanças climáticas e também ao que chamou de "política antiambiental" do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

"Infelizmente, esse recorde no mês de junho não é uma surpresa, considerando a continuidade da política antiambiental e a insistência na utilização de uma ferramenta cara como o envio de tropas militares, que se mostrou ineficiente nos últimos dois anos", disse Rômulo Batista, porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil.

A ONG alerta ainda que, para os próximos meses, o cenário dificilmente será diferente do que vimos nos últimos dois anos, pois "Com números altos de queimadas ainda no começo do verão amazônico, meses onde há uma diminuição natural das chuvas na Amazônia, esses números tendem a subir ainda mais".