Prefeita de Barcelona defende unir transformação urbana e justiça social
"Devemos transformar a luta contra a mudança climática em uma grande oportunidade para reduzir a desigualdade no planeta, e isso é perfeitamente possível", disse.
A prefeita concluiu sua presença nos eventos organizados pela coalizão C40 de cidades contra a mudança climática na cúpula realizada em Glasgow (Reino Unido) com uma mesa redonda que contou com os também prefeitos de Londres, Sadiq Khan, e Freetown (Serra Leoa), Yvonne Denise Aki-Sawyerr, além da ministra do Meio Ambiente do Chile, Carolina Schmidt.
Vice-presidente europeia da C40, Colau pediu que "as pessoas sejam colocadas no centro e que a cidade se torne um lugar mais verde e saudável", o que também beneficiaria a economia e o comércio locais.
Ela defendeu que a prefeitura que dirige está combinando transformação urbana com justiça social e garantiu que Barcelona é a cidade que faz mais investimento social por habitante na Espanha e a que mais entrega moradias públicas e aluguéis sociais.
A prefeita citou como exemplo de "criatividade e imaginação" sua iniciativa de criar uma empresa municipal para comercializar energia 100% renovável, apesar de as competências energéticas corresponderem ao Estado espanhol.
"Se as cidades, que têm menos poderes e menos recursos que os países, podem fazer estas transformações ambiciosas, corajosas, inovadoras e criativas, nós podemos fazer muito mais. Este é o espírito que devemos transmitir a partir das cidades para esta cúpula", acrescentou.
Em declarações posteriores a jornalistas, Colau afirmou considerar o acordo de 100 países anunciado ontem na COP26 para acabar com o desmatamento antes de 2030 "um insulto aos cidadãos".
"Não se pode permitir que o desmatamento continue até 2030. Tem que ser interrompido muito mais cedo. Isso tem que ser feito agora. Temos que proteger a biodiversidade, temos que mudar o modelo agrícola, temos que assumir um firme compromisso com as energias renováveis e deixar de financiar e subsidiar os combustíveis fósseis", disse.
Para ela, conseguir isso requer apenas "vontade política" e "coragem" da parte dos países para tomar essas decisões.
"As cidades acompanharão e ajudarão a torná-las eficazes", ressaltou. EFE
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