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Repórter detalha como foi expulsa da Rússia
*Anne Niva
é noite de sexta-feira, 18h, um breu, 30ºC negativos. Eu estou de volta ao meu quarto de hotel em Vladimir, uma pequena cidade a 200 quilômetros de Moscou, quando recebi uma chamada da recepcionista me pedindo para descer. Ela tem “algo para me perguntar”. Estranhamente, ela se recusa a falar por telefone e pede minha presença. Quando eu vejo os cinco homens de aparência austera ao lado do balcão da recepção, eu percebo que devia ter ficado no quarto. Dois deles se apresentam, com distintivo na mão, como agentes do Serviço Federal de Migração (SFM). “Documentos, por favor.” Na Rússia, estrangeiros precisam se registrar na polícia em todas as paradas durante suas viagens; os hotéis cuidam da papelada. Eu conheço a regra e a cumpro, mas aparentemente não foi o suficiente desta vez.