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A "revolução do xisto" pode alterar os rumos da geopolítica internacional
Alan Riley*
A revolução energética do xisto deve chacoalhar as placas tectônicas do poder global de maneira que serão amplamente benéficas para o Ocidente, além de reforçar o poder e a influência dos Estados Unidos durante a primeira metade deste século. No entanto, a maior parte das discussões a respeito do potencial do xisto tem se concentrado nos supostos perigos do fraturamento hidráulico** para o meio ambiente ou em como o xisto vai afetar o preço de mercado do gás natural. Ambas as discussões embaçam a visão dos responsáveis pelas políticas públicas e os impedem de perceber a verdadeira escala da revolução do xisto. LEIA MAIS 2013 pode ser o ano da recuperação financeira no mundo e da descoberta científica Aumento da oferta de gás e do xisto betuminoso abala a ordem energética mundial Exploração e gastos com desenvolvimento alimentam crescimento em reservas mundiais de petróleo e gás O real impacto dessa revolução deriva de seu efeito sobre o mercado de petróleo. O gás de xisto oferece meios para que se amplie consideravelmente a oferta de combustíveis fósseis para o setor de transportes. Essa oferta, por sua vez, preencherá a crescente demanda por petróleo --que tem sido alimentada, em parte, pelo crescimento econômico da China e que tem dominado as políticas públicas para o setor de energia ao longo da última década.