Em 4ª caravana, Lula prevê percorrer 2.700 km de Bagé à cidade da Lava Jato

Nathan Lopes*

Do UOL, em São Paulo

  • 7.dez.2017 - Leo Correa/AP Photo

    Lula em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, durante a caravana

    Lula em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, durante a caravana

Adiada para a segunda quinzena de março, a quarta caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo país teve seu trajeto divulgados nesta quarta-feira (28). Entre 19 e 28 de março, Lula vai percorrer de ônibus os três Estados da região Sul para participar de eventos.

Na agenda do pré-candidato, estão previstas visitas a cidades como Bagé (RS), Santa Maria (RS), Passo Fundo (RS), Chapecó (SC) e Foz do Iguaçu (PR), além das três capitais. No roteiro, foram citadas paradas em ao menos 21 cidades em um percurso que deve atingir 2.700 quilômetros. 

Em Santana do Livramento (RS), por exemplo, está previsto um encontro com o ex-presidente do Uruguai José Mujica.

A "caravana" --termo usado por Lula e pelo PT para as viagens que o ex-presidente tem feito pelo país desde o ano passado-- estava marcada inicialmente para começar no dia 27 de fevereiro, mas foi adiada. A justificativa para o adiamento foi a necessidade de ajuste do roteiro ao "calendário estudantil". "Lula deve visitar uma série de institutos e universidades e para isso vamos aguardar o retorno do calendário letivo", disse o coordenador da caravana e vice-presidente do PT, Márcio Macedo, em declaração divulgada pela página do ex-presidente.

Antes da rota pelo Sul, Lula fez caravanas pelo Nordeste, por Minas Gerais e por cidades no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. O partido afirma que há outras caravanas previstas para os próximos meses.

Condenado pela Justiça e líder em pesquisas

O trajeto da caravana pelo Sul do país é divulgado no momento em que Lula enfrenta um dos momentos mais delicados de sua trajetória política.

Em janeiro, o ex-presidente foi condenado em segunda instância no chamado processo do tríplex, da Operação Lava Jato, a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Sua defesa afirma que não há provas dos crimes e que evidências da inocência de Lula foram ignoradas.

A condenação em segunda instância torna Lula, em tese, inelegível de acordo com as regras da Lei da Ficha Limpa. Além disso, pode levá-lo à cadeia tão logo se esgotem os recursos disponíveis à defesa no próprio TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre), onde o ex-presidente foi condenado.

Apesar das questões judiciais, Lula foi o líder em todos os cenários da última pesquisa de intenção de voto feita pelo Datafolha, divulgada no dia 31 de janeiro e feita depois de seu julgamento no TRF-4.

*Colaborou Bernardo Barbosa, do UOL, em São Paulo

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