"Não vou desconstruir ninguém", diz Marina sobre situação em pesquisas

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Globo

    A candidata Marina Silva (Rede), durante entrevista a Renata Lo Prete, do Jornal da Globo

    A candidata Marina Silva (Rede), durante entrevista a Renata Lo Prete, do Jornal da Globo

A candidata da Rede à Presidência, Marina Silva, disse na madrugada deste sábado (22) que não vai "desconstruir ninguém" para tentar reagir à queda nas pesquisas eleitorais, nem prometer "qualquer coisa para ganhar voto". No último Datafolha, divulgado na quinta-feira (21), a presidenciável apareceu com 7% das preferências, menos da metade do que tinha no início da campanha. 

Em entrevista à jornalista e apresentadora do Jornal da Globo, Renata Lo Prete, Marina foi questionada se não fazia uma autocrítica que pudesse explicar a redução nas intenções de votos e o porquê de, ainda segundo as pesquisas, seu eleitor ser considerado o menos convicto e o que mais admite a possibilidade de mudar de candidato até o dia da eleição.

Marina argumentou que seu eleitor é livre para votar em quem quiser e se disse preocupada com eleitores "cativos" e "fiéis", que votam não se importando se o candidato "roubou" ou "agrediu". 

Ao afirmar que entrou nesta eleição "sabendo das dificuldades", como seria o seu pouco tempo de TV - 21 segundos ou quase 1 spot por dia -, a candidata foi interrompida com a ponderação da jornalista de que o líder nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), "não tem muito tempo" - uma inserção a cada três dias. 

"Mas faz um discurso fácil, que eu não me disponho a fazer. Quero ganhar, ganhando. Quero ganhar em cima das propostas que eu tenho", respondeu a candidata, dando como exemplos seus planos de ampliar em 2,5 milhões as vagas em creches, gerar 2 milhões de empregos em energias renováveis e dobrar a produção agrícola sem avançar mais áreas de vegetação. "Eu sei que dá para fazer", disse.

Marina também foi questionada se acha viável apresentar propostas, segundo Lo Prete, "vagas" ou de "difícil execução", como a de estabelecer um teto de apenas dois mandatos consecutivos para os parlamentares. 

"O bom da democracia é que você apresenta a proposta, ela é debatida, inclusive no Congresso, e depois se fará a deliberação sobre ela. O que eu não posso é deixar de propor aquilo que eu acho que é certo e justo para melhorar a qualidade da política no Brasil", disse.

Para a candidata, é necessário abordar a política tratada como profissão. "Tem gente que fica no Congresso Nacional como se aquilo fosse uma profissão. A política é serviço", disse. "Se essa proposta já tivesse sido aprovada, já teríamos uma renovação de 70% do Congresso que nós temos hoje. No Congresso, temos mais de 200 investigados. Imagine que se isso incidisse sobre esses que estão aí? Porque esses que repetem mandato ad infinitum, com raras exceções, são uma grande parte dos que estão envolvidos em casos graves de corrupção." 

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