Vídeo mostra PM pedindo para eleitora tirar camisa escrita Lula; MPF apura

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

O MPF (Ministério Público Federal) em Alagoas vai apurar a informação de que policiais estariam impedindo de votar neste domingo (7) eleitores vestidos com camisa com o nome "Lula". Imagens que circulam em redes sociais mostram o suposto de caso de mulher barrada em Maceió.

Em um dos vídeos, uma mulher recebe a informação de um policial militar de que só era autorizado portar camisa com o nome do candidato - Lula teve a candidatura barrada com base na lei da Ficha Limpa. "Ele pediu que a gente solicitasse que o eleitor mudasse a camisa", diz o militar.

As imagens foram feitas por um eleitor não identificado, que afirmando que a mulher estaria "enganando o povo" com a camisa.

Em um segundo vídeo de autor também não identificado, o eleitor chama policiais para interceder contra outro homem. Eles então vão até o eleitor que veste uma camisa vermelha semelhante. Neste caso, não é possível ouvir o áudio, apenas do cinegrafista amador que defende que se trata de "crime eleitoral."

Não foi informado o nome da escola ou das escolas, mas é possível ver o emblema da PM de Alagoas na farda dos policiais.

Em resposta ao UOL, o MPF informou que os vídeos foram recebidos e estão serão apurados. "Mas é muito importante que estas vítimas registrem a ocorrência. Pode ser na Polícia Federal ou no MPEleitoral. Os aplicativos são canais de denuncia - pardal e SAC MPF", informou.

Ainda segundo o órgão, não há restrições de vestimentas nos locais de votação. A única proibição é quanto ao comportamento, já que o eleitor não pode manifestar o voto em voz alta, nem pedir e ou tentar convencer ninguém.

A PM de Alagoas informou ao UOL que "nenhum integrante da corporação está autorizado a tomar partido a favor ou contra qualquer candidato, devido à total imparcialidade da instituição". 

"Ressaltamos que toda a tropa foi orientada sobre a legalidade de serem utilizadas camisas de candidatos por eleitores durante a votação. Em relação ao vídeo que circula nas redes sociais e imprensa, as ações dos militares envolvidos serão analisadas e posteriormente adotadas as medidas legais cabíveis", concluiu.

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