Haddad diz que conversou com membros do PSDB, mas não cita nomes

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

  • Nelson Almeida/AFP

    Fernando Haddad (PT) dá entrevista para jornalistas da mídia internacional

    Fernando Haddad (PT) dá entrevista para jornalistas da mídia internacional

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (10) ter conversado com integrantes do PSDB para estabelecer "protocolos de civilidade em proveito do futuro do Brasil". O partido foi o principal antagonista do PT na política nacional por mais de duas décadas.

Haddad disse ter tido "a felicidade" de receber em sua casa hoje representantes do PSDB, mas disse não estar autorizado a divulgar os nomes. Segundo o petista, os tucanos entregaram uma "carta de apoio importante, querendo propor uma mediação para conter a escalada de violência no nosso país".

Haddad afirmou que as conversas são com integrantes do PSDB, e não com o partido, e não envolvem mudanças no programa de governo. De acordo com o candidato, o diálogo continua amanhã.

Ontem, Haddad já acenava com a chance de diálogo com parte dos tucanos. Disse que ainda havia uma "social-democracia" no PSDB e que considerava a possibilidade de manifestações individuais.

Oficialmente, o PSDB está neutro, mas há sinais de racha entre tucanos sobre que posição seguir no segundo turno. Se, por um lado, Haddad revela que está conversando com integrantes do partido, o candidato tucano ao governo paulista, João Doria, já anunciou apoio a Jair Bolsonaro (PSL).

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, disse à Folha que está disposto a conversar se for procurado.

Haddad não disse se havia novidades nas conversas com Ciro Gomes e o PDT, com quem o PT vem mantendo diálogo após o resultado do primeiro turno. Ciro ficou em terceiro lugar e já disse que não apoiará Bolsonaro. A executiva do partido se reuniu na tarde desta quarta em Brasília.

Se o PDT ainda não confirma o apoio, o mesmo não se pode dizer das quatro centrais sindicais que respaldaram Ciro no primeiro turno. Hoje, no mesmo evento em São Paulo em que Haddad falou com a imprensa, a Força Sindical, a UGT (União Geral dos Trabalhadores), a CSB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e a NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) endossaram a candidatura do petista.

Mais três centrais sindicais fazem parte do grupo que apoia Haddad: CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e Intersindical, que estava com Guilherme Boulos (PSOL) no primeiro turno.

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