Eleições 2018

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O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse não ter visto o vídeo em que o deputado federal eleito por São Paulo Eduardo Bolsonaro (PSL), um de seus filhos, teria colocado em xeque o poder do Judiciário em relação à possibilidade de barrar a candidatura do pai em caso de impugnação.

No registro em vídeo que circula em redes sociais neste domingo (21), gravado antes do primeiro turno das eleições, o deputado aparece questionando o STF (Supremo Tribunal Federal) e diz que, para fechar a corte, seria necessário "um cabo e um soldado".

Para Bolsonaro, as imagens compartilhadas foram retiradas do seu contexto original. "Não existem críticas ao STF. Alguém tirou esse vídeo de contexto. Se alguém acredita nisso, precisa procurar um psiquiatra", disse o presidenciável, que afirmou "duvidar" que o filho tenha dado essas declarações.

Procurada pelo UOL, a assessoria do STF não comentou o assunto. Em Brasília, a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Rosa Weber, que também é integrante do Supremo, foi questionada sobre o vídeo e afirmou que "todos os juízes honram a toga e não se deixam abalar com qualquer manifestação".

Em São Luís, no Maranhão, o candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, também reagiu à repercussão do vídeo com as declarações do filho de Bolsonaro. Em discurso durante caminhada pelas ruas da cidade, o presidenciável petista disse as afirmações do deputado federal eleito foram uma ameaça ao STF.

'PT é a própria fake news'

Bolsonaro também comentou a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que suspendeu uma propaganda do seu adversário na disputa para a Presidência da República que o associava à prática de tortura.

"Era mentira, aquilo. O PT, sem mentir, não é PT. Disseram que eu ia acabar com 13° salário, que eu ia acabar com o Bolsa Família, que o ensino no meu governo seria a distância. O PT é a própria fake news. Contra eles, não preciso mentir", afirmou o candidato, em entrevista concedida na casa do empresário Paulo Marinho, no bairro do Jardim Botânico, no Rio.

Bolsonaro concluiu dizendo que as manifestações em apoio a sua candidatura em várias capitais do Brasil, neste domingo, refletem o desejo coletivo por mudanças.

"Não é por mim, é pelo Brasil que essas pessoas estão nas ruas hoje."

Compromisso com surdos

Bolsonaro assinou um termo de compromisso com a Associação dos Surdos Evangélicos do Brasil, na casa do empresário Paulo Marinho. O encontro foi intermediado pela mulher do presidenciável, Michelle Bolsonaro, que é intérprete de Libras (Lingua Brasileira de Sinais), na Igreja Batista do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio.

De acordo com Bolsonaro, a intenção da assinatura é "ampliar as políticas de inclusão no ambiente de trabalho e melhorar as ferramentas de acessibilidade" em um eventual governo seu.