Debate em SP começa com propostas de candidatos e broncas de apresentador

Janaina Garcia e Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

  • Adriana Spaca/Estadão Conteúdo

O terceiro debate do segundo turno entre candidatos ao governo de São Paulo, realizado nesta terça-feira (23) pelo UOL, pelo SBT e pela Folha de S.Paulo, teve um início marcado pela apresentação de propostas entre João Doria (PSDB) e Marcio França (PSB).

O tom contrastou com o clima bélico que marcou os dois debates da semana passada, na Band e na TV Record, marcados por acusações e bate-bocas entre eles. No clima morno desta terça, a exceção foi a bronca do mediador, o jornalista Carlos Nascimento, à plateia – composta por aliados e assessores dos dois candidatos. Nascimento acabara de informar que as manifestações eram vetadas.

"Senhores, eu acho que eu falei, todo mundo ouviu o que eu falei, não foi? Não está prevista a manifestação da plateia, eu gostaria de pedir que parem por aí. Ou a gente vai ter que ser mal-educado como vocês estão sendo. Nós não vamos admitir, manifestação da plateia não está no script do programa", disse o mediador. 

O debate teve início com uma pergunta feita por Marcio França (PSB) sobre ampliação da rede de creches, afirmando ser uma prioridade para ele zerar a fila de creches do estado. Doria aproveitou o tempo dado a ele para dizer que gostaria que o debate fosse propositivo e sem ataques.

"Eu tenho a segurança que teremos um debate altivo, propositivo, sem ataques e valorizando as propostas dos dois candidatos. Cada um tem os seus modelos, as suas propostas, e tenho certeza que hoje vamos conseguir fazer um debate mais altivo, mais tranquilo e mais sereno. Assim espero. Da minha parte, será nesse formato", disse Doria.  

Em tom de brincadeira, chegou a pedir à organização para diminuir o ar-condicionado para não prejudicar a voz dos candidatos. "você sabe que os candidatos usam muito a voz ao longo de toda a campanha, com o ar-condicionado do jeito que está aqui, a voz vai acabar dos dois. Se a gente conseguir reduzir um pouquinho, eu agradeço", disse.

Além das creches, Doria e França falaram sobre parcerias para a criação de novas Ames (Ambulatórios Médicos de Especialidades), empreendedorismo de jovens paulistas, fortalecimento das polícias e saneamento básico.

O último debate entre eles, realizado na última sexta-feira (19) pela Record, já tinha tido um perfil mais propositivo, mas os ataques entre ambos, que marcaram a campanha eleitoral de ambos, se fizeram presentes. Entre feitas as acusações, o pessebista tentou colar a imagem de elitista, arrogante e prepotente no tucano, que por sua vez acusou o atual governador de não ter capacidade de trabalhar no setor privado, ser comunista e petista enrustido.

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