Em dois municípios, diferença entre presidenciáveis foi só de "uma cabeça"

Do UOL, em São Paulo

  • Arte/UOL

    Haddad (PT) e Bolsonaro (PSL) durante votação no segundo turno

    Haddad (PT) e Bolsonaro (PSL) durante votação no segundo turno

A polarização da eleição presidencial no segundo turno se transformou numa disputa voto a voto em algumas localidades do interior do país. Em dois municípios brasileiros, um do Centro-Oeste e outro do Sul, por exemplo, a distância entre os concorrentes ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), foi de apenas um voto, segundo balanço do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No segundo turno, não houve empate numérico de votos entre os dois candidatos em nenhum dos 5.570 municípios brasileiros. No primeiro turno, o empate acontecera em apenas uma cidade do Brasil: Amaporã, no noroeste do Paraná, em 1.191 votos para cada lado. O segundo turno nesse município mostrou avanço de Haddad: 1.538 contra 1.474 para Bolsonaro.

No cômputo geral do pleito do domingo (28), Bolsonaro sagrou-se vencedor e foi eleito presidente da República com 55,13% dos votos válidos (descontando brancos e nulos), ou 57,8 milhões de votos.

Por "uma cabeça"

Em Três Ranchos (GO), município com população residente estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2.837 pessoas, com 3.496 eleitores aptos a votar (é um caso raro de cidade que tem mais eleitores registrados, mas que nem todos são moradores) e localizado a noroeste do estado, o candidato do PSL somou 1.183 votos, ou 50,02% dos votos válidos, contra 1.182 votos do candidato do PT, ou 49,98% dos votos. Foram computados ainda 35 votos em branco e 160 nulos.

No município gaúcho de Pontão, com população residente estimada pelo IBGE em 3.908 pessoas, 3.082 eleitores aptos a votar e localizado ao norte do estado, Bolsonaro também somou um voto à frente de Haddad, vencendo por 1.297 a 1.296 votos. Ou 50,02% dos votos válidos contra 49,98%, com 26 votos em branco e 90 nulos.

O resultado de quase empate nessas duas cidades se contrapõe à votação geral de Goiás e do Rio Grande do Sul, onde Bolsonaro venceu o segundo turno com margem larga de votos: em Goiás, com 65,52% do total de votos válidos, e no Rio Grande do Sul, com 63,34%.

A maioria dos votantes nesses dois estados escolheu para governador políticos alinhados com o capitão reformado do Exército: Ronaldo Caiado (DEM-GO), eleito no primeiro turno, e Eduardo Leite (PSDB-RS), vencedor no segundo.

Por dois votos

Em outros dois municípios, ambos localizados na região oeste de Santa Catarina, a margem entre Bolsonaro e Haddad foi também mínima, de apenas dois votos. Nesses casos, a vitória coube ao petista.

Em Ponte Serrada, município com população em torno de 11.500 pessoas (IBGE) e 7.599 eleitores aptos a votar, Haddad recebeu 2.978 votos (50,02% dos votos válidos), contra 2.976 (29,98%) de Bolsonaro. Foram ainda 155 votos em branco e 378 nulos.

Em Paial, com população estimada em 1.537 pessoas pelo IBGE e 1.843 eleitores aptos a votar, a vitória de Haddad foi por 694 contra 692 votos (50,07% contra 49,93% dos votos válidos, mais 24 brancos e 43 nulos).

Santa Catarina foi o estado que deu a segunda maior vitória proporcional a Bolsonaro, 75,92% dos votos válidos (atrás apenas do Acre, 77,22%), e elegeu um dos três primeiros governadores da história do PSL, o Comandante Moisés, que venceu no segundo turno.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos