WhatsApp diz que investiga suposto disparo de mensagens contra Haddad
Por Fabio Serapião e Rafael Moraes Moura
Em Brasília
-
Reuters
O aplicativo de mensagens WhatsApp informou nesta quinta-feira (18), em nota, que investiga o suposto disparo em massa de mensagens contra o Partido dos Trabalhadores por empresários que apoiam o candidato Jair Bolsonaro (PSL). O caso foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.
O aplicativo confirmou a abertura da investigação em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo. O WhatsApp, ainda na nota, afirma que "tem proativamente banido centenas de contas durante o período das eleições brasileiras".
"Temos tecnologia de ponta para detecção de spam que identifica contas com comportamento anormal ou automatizado, para que não possam ser usadas para espalhar spam ou desinformação", diz a nota.
Segundo a Folha, os disparos de milhões de mensagens são comprados por empresas que apoiam o candidato por até R$ 12 milhões. A reportagem afirma que os preços variam de oito a doze centavos por mensagem para contatos de bases de dados fornecidas pelo candidato e das agências que prestam esse tipo de serviço.
Sobre o envio em massas de mensagens via o aplicativo, o WhatsApp afirmou que está comprometido em reforçar suas políticas para proteger a experiência do consumidor. "No mundo, o limite de membros para grupos é 256 pessoas. Para encaminhamento de mensagens, há um limite global de 20 mensagens (exceto na Índia, onde o limite são cinco mensagens)", diz a nota.
Receba notícias do UOL. É grátis!
Veja também
- Não tenho controle se tem gente fazendo isso, diz Bolsonaro sobre WhatsApp
- Juristas veem risco de cassação por compra de disparos no WhatsApp
-
- PT entra com ação contra Bolsonaro e empresários por propaganda ilegal
- Campanha de Bolsonaro reage, diz que notificará empresas e processará PT
- Agência nega elo com Bolsonaro, mas diz não controlar mensagem via WhatsApp
- Em novo vídeo de campanha, Bolsonaro chama Haddad de "candidato fake"