Alckmin compara economia do pais a subir ladeira com lata na cabeça

Rodrigo Viga

Da Reuters, no Rio de Janeiro

  • Ciete Silvério /Divulgação

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse que o candidato que assumir o Brasil em 2019 terá muitos obstáculos para recuperar a economia e comparou as dificuldades que serão enfrentadas a subir uma ladeira com chuva e ainda carregando peso.

O tucano argumentou que ano que vem será o sexto seguido a registrar déficit primário, com milhões de desempregados e as contas públicas desarrumadas. Alckmin acredita que serão necessários dois anos para zerar o déficit fiscal e o melhor caminho será uma agenda reformista.

"O Brasil tem uma grande capacidade de recuperação, agora quem assumir não vai ser convidado para um banquete. É subir o morro em dia de chuva com lata d'água na cabeça", disse ele em visita ao mercadão de Madureira, o centro comercial mais famoso do subúrbio do Rio de Janeiro.

"Estabelecemos dois anos para zerar o déficit... acho que é possível e trazer confiança e investimentos de volta", acrescentou.

Mais cedo, no mesmo bairro, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse que se conseguir implementar as fiscais que propõe para zerar o déficit, criará dois milhões de empregos no primeiro ano de governo e o país poderá crescer mais de 5% já em 2020.

Alckmin, que praticamente metade do tempo da propaganda de TV e rádio e vem mostrando dificuldades para crescer nas pesquisas eleitorais, aposta no que chamou de a última onda para conseguir votos dos eleitores que ainda indecisos a menos de duas semanas para o pleito.

"Acho que mais da metade da população não quer esse extremismo e o radicalismo e acho que a racionalidade vai ganhar e o Brasil já errou e não pode errar de novo", disse, referindo-se aos líderes da corrida presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

"Nós temos de um lado o PT que é muito ruim, vide o governo da Dilma, e você tem uma parte de pessoas bem intencionadas que acham que para vencer o PT não é Bolsonaro que não dá conta do PT nem do governo", completou.

O tucano, candidato favorito do mercado financeiro e de parte do empresariado, afirmou que "não vai ser pau mandado de banqueiro para reduzir imposto de rico, criar CPMF ou para onerar o povo", numa alusão a supostas propostas do economista Paulo Guedes, coordenador econômico de Bolsonaro.

"Se você somar os votos dos dois primeiros nas pesquisas não passa de 45%, ou seja mais da metade não quer nenhum nem outro e é esse eleitor que vamos buscar nesses 12, 13 dias. O que vale é a última onda", disse o tucano.

Em discurso , Alckmin prometeu mais investimentos em transportes públicos como trem, corredores de ônibus e metrô, para dar mais conforto e qualidade às pessoas e gerar mais empregos no país. O tucano prometeu ainda estimular o comércio e os serviços, dois grandes geradores de postos de trabalho no Brasil.

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