China parabeniza Bolsonaro por vitória em eleição presidencial

Ben Blanchard

Da Reuters, em Pequim

  • Reuters

    "Desenvolver as relações entre a China e o Brasil é, de fato, o amplo consenso de todos os setores em ambos os países", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang

    "Desenvolver as relações entre a China e o Brasil é, de fato, o amplo consenso de todos os setores em ambos os países", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang

A China parabenizou nesta segunda-feira o novo presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, após a vitória do capitão da reserva do Exército no segundo turno da eleição no domingo.

Durante a campanha, Bolsonaro descreveu a China, maior parceira comercial do Brasil, como uma predadora tentando dominar importantes setores da economia brasileira.

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Nesta segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, disse que o governo chinês está disposto a continuar a aprofundar a cooperação bilateral, para beneficiar as populações de ambos os países.

"Desenvolver as relações entre a China e o Brasil é, de fato, o amplo consenso de todos os setores em ambos os países", disse Lu.

Diplomatas chineses em Brasília se encontraram duas vezes com importantes assessores de Bolsonaro nas últimas semanas, de acordo com fontes que participaram das reuniões.

A abertura do capitão da reserva a Taiwan pode incomodar Pequim, que considera Taiwan uma província renegada.

Em fevereiro, Bolsonaro se tornou o primeiro candidato à Presidência a visitar Taiwan desde que o Brasil reconheceu Pequim como o único governo chinês sob a política de China única nos anos 1970.

Lu disse que o princípio "China única", que define Taiwan como uma parte inseparável do país, é um princípio comum reconhecido pela comunidade internacional.

O capitão da reserva do Exército, de 63 anos, foi eleito no domingo presidente da República e em seu primeiro pronunciamento após derrotar o petista Fernando Haddad prometeu respeitar a Constituição, fazer um governo democrático e unificar o Brasil, baixando o tom que adotou em uma das campanhas mais polarizadas da história do país.

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