Nova fase da Lava Jato chega a Lula; conheça os alvos da operação
A 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Aletheia, chegou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família, além de pessoas próximas a ele. Lula e sua mulher, Marisa Letícia, foram levados de carro pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (4) para prestar depoimento devido a um mandado de condução coercitiva -- quando o investigado é obrigado a depor.
A investigação que atinge o principal nome do PT ocorre um dia depois de vir à tona a suposta delação do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS). No depoimento, o parlamentar afirma que a presidente Dilma Rousseff teria atuado para interferir nas investigações no Judiciário e que Lula teria pedido para ele procurar o filho de Nestor Cerveró e tentar evitar a implicação do pecuarista José Carlos Bumlai pelo ex-diretor da estatal.
Veja quem são os principais alvos desta nova fase da Lava Jato, que apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e do tríplex no Guarujá.
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Luiz Inácio Lula da Silva - condução coercitiva
Alvo principal da 24ª fase da operação, Lula não foi apenas levado para prestar depoimento, como viu sua casa, a residência de seu filho e o Instituto Lula serem vasculhados pela PF. A operação tem base em investigações sobre a compra e a reforma de um sítio em Atibaia frequentado pelo petista, o fato de sua mudança ter sido transportada para o local e a relação desses episódios com empreiteiras investigadas na Lava Jato, além da relação dele com um tríplex no Guarujá reformado pela OAS.
Ao todo, quatro carros entraram na garagem do prédio do ex-presidente e cerca de dez agentes ficaram na portaria do prédio, em São Bernardo do Campo (SP) na manhã de 4 de março Leia mais -
Dona Marisa Letícia - investigada
A mulher de Lula também é investigada na operação. Apesar de não haver mandado contra ela, sua participação se deve às relações que tem com quase todos os envolvidos nas suspeitas, segundo informou o Ministério Público Federal no Paraná
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Lulinha (Fábio Luís Lula da Silva) - busca e apreensão
A PF também esteve na casa de Lulinha na manhã desta sexta (4) cumprindo mandados de busca e apreensão. Contra o filho de Lula não há mandado de condução coercitiva.
Na casa de Lulinha, em Moema, dois carros da PF e um da Receita Federal foram usados na diligência. Os agentes chegaram ao prédio dele às 6h e não falaram com a imprensa. Moradores relatam movimentação intensa da PF no interior do prédio.
Repasses feitos pelo Instituto Lula para duas empresas de filhos do ex-presidente, a G4 e a FlexBr, estão entre os alvos da operação. "O Instituto Lula pagou mais de R$ 1 milhão para a G4 do filho do ex-presidente", afirmou o procurador da República Carlos Fernando Santos de Lima Leia mais -
Sandro Luis e Marcos Cláudio Lula da Silva - busca e apreensão
Foi decretada busca e apreensão nas empresas dos filhos de Lula porque repasses feitos pelo Instituto Lula (foto) para empresas dos dois, a G4 e a FlexBr, estão entre os alvos da operação. Paulo Roberto Valente Gordilho é o executivo da OAS encarregado da aquisição e instalação das cozinhas no sítio de Atibaia e do apartamento 164-A, pode dispor de documentos que elucidem os fatos relativos a esse bens.
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Fernando Bittar e Jonas Suassuna - condução coercitiva
Fernando Bittar e Jonas Suassuna (foto) são os donos do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) também foram levados para depor. Frequentada pelo ex-presidente, a propriedade é alvo de mandado de busca e apreensão. Um inquérito investiga a compra da propriedade e as obras realizadas no local supostamente feitas pela OAS e Odebrecht, com a atuação do pecuarista José Carlos Bumlai. A força-tarefa constatou que em Atibaia dois sítios contíguos, um colocado em nome de Jonas Suassuna e outro em nome de Fernando Bittar, foram adquiridos na mesma data, em 29 de outubro de 2010. Agentes da Polícia Federal e da Receita Federal fizeram cópias de arquivos de computador e apreenderam documentos, contratos, celulares e tablets na busca e apreensão realizada na casa e nas empresas de Suassuna. Bittar é sócio de um dos filhos de Lula e filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar (PT), com quem o ex-presidente tem relações próximas desde a década de 1980 Leia mais
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Paulo Okamotto - condução coercitiva
Presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto também é sócio do ex-presidente na LILS Palestras, Eventos e Publicações, que foi criada para administrar a rotina de contratos de Lula com empresas. Contra ele também há um mandado de condução coercitiva. Okamoto é um dos colaboradores mais próximos do ex-presidente há mais de 30 anos
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Clara Ant - busca e apreensão
Uma das diretoras do Instituto Lula, Clara (de preto, às esquerda) foi alvo de mandado de busca e apreensão na residência onde mora, em Santa Cecília, região central de São Paulo. Ela não foi levada a depor. Clara já foi assessora da Presidência, quando Lula ainda ocupava o cargo
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José de Filippi Júnior - condução coercitiva
A Polícia Federal informou que o ex-secretário municipal de Saúde de São Paulo também foi levado para depor. Ele foi tesoureiro das campanhas de reeleição de Lula, em 2006, e da eleição da presidente Dilma em 2010 Leia mais
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Rogério Aurélio Pimentel - condução coercitiva
Ex-assessor de Lula na Presidência da República, Pimentel foi levado para depor coercitivamente por suspeita de ter sido o responsável por receber a mudança do ex-presidente no sítio em Atibaia, após o petista deixar o Palácio do Planalto
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Paulo Roberto Valente Gordilho - condução coercitiva
Segundo despacho do juiz Sérgio Moro, o executivo da OAS foi o encarregado pela aquisição e instalação das cozinhas no sítio de Atibaia e do tríplex
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Elcio Pereira Vieira - condução coercitiva
É o caseiro do sítio em Atibaia
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Alexandre da Silva, Luiz Pazine e Paulo Coelho - condução coercitiva
Pessoas autorizadas pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, a retirar da Granero os bens do ex-presidente que estavam armazenados e cuja despesa teria sido paga pela OAS
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