Protógenes disse que iria investigar filho de Lula, diz Dantas
O banqueiro Daniel Dantas afirmou em depoimento na CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, na Câmara, que o delegado Protógenes Queiroz disse a ele, durante o depoimento do empresário na Polícia Federal, que iria investigar o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luís Lula da Silva.
Em janeiro de 2004, a empresa Gamecorp, do filho do presidente, recebeu R$ 5 milhões da Telemar. Os investimentos da empresa de telefonia são apontados como suspeitos porque duas instituições de interesse público possuem ações da Telemar - o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros), que é dono de 19,9% das ações da empresa, e o BNDES, com 4,7%.
Segundo Dantas, Protógenes fez duas recomendações a ele: não falar com a imprensa, porque a divulgação estava prejudicando ele próprio. O banqueiro respondeu ao delegado que queria esclarecer na imprensa o que houve na operação envolvendo a Brasil Telecom. Protógenes também aconselhou o banqueiro a não tentar trazer o material investigado na Itália, porque a Polícia Federal já tinha investigado e era falso. Por último, o delegado informou que iria investigar a fundo a venda da Brasil Telecom para a Telemar.
Para Dantas toda celeuma provocada pela investigação é muito estranha e indica que "há mais coisas aí". Dantas diz que estranhou o interesse policial numa negociação comercial privada. "É dito que é uma investigação criminal, mas não é possível uma celeuma que envolva presidente da República, ministro da Justiça e ministro do Supremo. É como se a cúpula do Vaticano se reunisse para decidir se preguiça é pecado capital."
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Dantas: toda celeuma provocada pela investigação é 'estranha'
Em janeiro de 2004, a empresa Gamecorp, do filho do presidente, recebeu R$ 5 milhões da Telemar. Os investimentos da empresa de telefonia são apontados como suspeitos porque duas instituições de interesse público possuem ações da Telemar - o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros), que é dono de 19,9% das ações da empresa, e o BNDES, com 4,7%.
Segundo Dantas, Protógenes fez duas recomendações a ele: não falar com a imprensa, porque a divulgação estava prejudicando ele próprio. O banqueiro respondeu ao delegado que queria esclarecer na imprensa o que houve na operação envolvendo a Brasil Telecom. Protógenes também aconselhou o banqueiro a não tentar trazer o material investigado na Itália, porque a Polícia Federal já tinha investigado e era falso. Por último, o delegado informou que iria investigar a fundo a venda da Brasil Telecom para a Telemar.
Para Dantas toda celeuma provocada pela investigação é muito estranha e indica que "há mais coisas aí". Dantas diz que estranhou o interesse policial numa negociação comercial privada. "É dito que é uma investigação criminal, mas não é possível uma celeuma que envolva presidente da República, ministro da Justiça e ministro do Supremo. É como se a cúpula do Vaticano se reunisse para decidir se preguiça é pecado capital."
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