Consumidor "tem que continuar comprando carro e geladeira", diz Lula; presidente afirma que vai discutir crise com montadoras
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (29) da abertura do 25º Salão do Automóvel de São Paulo, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte da capital paulista. Lula anunciou que nesta sexta-feira (31) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, vão se reunir com representantes da indústria automobilística para discutir a crise financeira.
"Vamos discutir todos os instrumentos necessários para não permitir que uma indústria de ponta como a indústria automobilística possa sofrer qualquer problema por falta de crédito", afirmou o presidente.
Lula lembrou da medida provisória que permitirá ao Banco do Brasil e Caixa Econômica federal socorrer financeiras que enfrentam dificuldade. Segundo o presidente, os bancos estão "com disposição de comprar carteiras de bancos de investimentos e empresas financeiras para não faltar crédito."
Sem mencionar ações específicas, Lula também disse que o governo vai "tomar conta" de outros setores considerados cruciais, como a construção civil, o setor de máquinas e implementos agrícolas, além de garantir crédito e financiamento para quem quer comprar imóveis e capital de giro para as pequenas empresas. "Este país nunca esteve tão bem para enfrentar a crise", afirmou. "Tem que continuar comprando o carro, a geladeira. Porque a crise que ainda não chegou aqui pode chegar se o pânico tomar conta", alertou o presidente.
Lula falou que a crise é "tão ou mais séria que a de 1929" e que é certo que o consumo vai diminuir, principalmente nos EUA. "Mas não podemos paralisar as nossas atividades por causa da crise", afirmou, "não é possível que na hora que o pobre começa a ter acesso a um carro nesse país apareça uma crise americana que atrapalhe o brasileiro a ter o direito de comprar seu carro".
Antes do discurso oficial na abertura do Salão do Automóvel, Lula e sua comitiva - que incluía os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Edison Lobão (Minas e Energia) e Miguel Jorge (Desenvolvimento), além do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) - caminharam pelos corredores do evento e visitaram stands de grandes montadoras.
Ao lado de Lula estavam o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito reeleito, Gilberto Kassab (DEM). Lula e Serra chegaram a dividir as atenções ao sentarem juntos em um minicarro, o Smart Fortwo, da Daimler.
Lula conversou informalmente com representantes de montadoras no stand da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Segundo um diretor da associação, o presidente afirmou que está estudando medidas para manter a liquidez do crédito, mas não anunciou nenhuma medida exclusiva para o setor automobilístico.
Durante discurso, o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, lembrou que o setor emprega 1,5 milhões de pessoas e afirmou que não há perspectiva de grandes mudanças devido à crise. Schneider disse que acredita na economia brasileira e crê que o acesso ao crédito vai continuar.
Já o governador José Serra anunciou que o banco estadual Nossa Caixa vai participar do programa do Banco do Brasil que dará mais crédito aos consumidores do setor. "Não podemos ser tragados por expectativas negativas", afirmou Serra.
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Lula e Serra participam juntos da abertura do Salão do Automóvel e dividiram as atenções ao sentarem juntos em um minicarro, o Smart Fortwo, da Daimler
"Vamos discutir todos os instrumentos necessários para não permitir que uma indústria de ponta como a indústria automobilística possa sofrer qualquer problema por falta de crédito", afirmou o presidente.
Lula lembrou da medida provisória que permitirá ao Banco do Brasil e Caixa Econômica federal socorrer financeiras que enfrentam dificuldade. Segundo o presidente, os bancos estão "com disposição de comprar carteiras de bancos de investimentos e empresas financeiras para não faltar crédito."
Sem mencionar ações específicas, Lula também disse que o governo vai "tomar conta" de outros setores considerados cruciais, como a construção civil, o setor de máquinas e implementos agrícolas, além de garantir crédito e financiamento para quem quer comprar imóveis e capital de giro para as pequenas empresas. "Este país nunca esteve tão bem para enfrentar a crise", afirmou. "Tem que continuar comprando o carro, a geladeira. Porque a crise que ainda não chegou aqui pode chegar se o pânico tomar conta", alertou o presidente.
Governo vai fazer reunião com montadoras
Lula falou que a crise é "tão ou mais séria que a de 1929" e que é certo que o consumo vai diminuir, principalmente nos EUA. "Mas não podemos paralisar as nossas atividades por causa da crise", afirmou, "não é possível que na hora que o pobre começa a ter acesso a um carro nesse país apareça uma crise americana que atrapalhe o brasileiro a ter o direito de comprar seu carro".
Antes do discurso oficial na abertura do Salão do Automóvel, Lula e sua comitiva - que incluía os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Edison Lobão (Minas e Energia) e Miguel Jorge (Desenvolvimento), além do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) - caminharam pelos corredores do evento e visitaram stands de grandes montadoras.
Ao lado de Lula estavam o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito reeleito, Gilberto Kassab (DEM). Lula e Serra chegaram a dividir as atenções ao sentarem juntos em um minicarro, o Smart Fortwo, da Daimler.
Lula conversou informalmente com representantes de montadoras no stand da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Segundo um diretor da associação, o presidente afirmou que está estudando medidas para manter a liquidez do crédito, mas não anunciou nenhuma medida exclusiva para o setor automobilístico.
Durante discurso, o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, lembrou que o setor emprega 1,5 milhões de pessoas e afirmou que não há perspectiva de grandes mudanças devido à crise. Schneider disse que acredita na economia brasileira e crê que o acesso ao crédito vai continuar.
Já o governador José Serra anunciou que o banco estadual Nossa Caixa vai participar do programa do Banco do Brasil que dará mais crédito aos consumidores do setor. "Não podemos ser tragados por expectativas negativas", afirmou Serra.
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