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Senadores farão vigília em favor de projetos que prevêem correção de benefícios previdenciários

Marcos Chagas <br/> Da Agência Brasil<br/> Em Brasília<br/>

18/11/2008 19h38

O senador Paulo Paim (PT-RS) e outros três senadores farão nesta madrugada (19) uma vigília, quando se revezarão na tribuna do Senado até às 6h, em sucessivos discursos sobre as contas da Previdência Social. Segundo Paim, o objetivo "é sensibilizar a Câmara a deliberar ainda este ano sobre os projetos dos aposentados".

Paulo Paim disse ainda que ficou irritado com o fato do ministro da Previdência, José Pimentel, ter deixado o gabinete do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), "dizendo coisas que não aconteceram na reunião".

Pimentel reuniu-se mais cedo com o relator e o presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), além de senadores que defendem as propostas de correção dos benefícios previdenciários.

Além de Paim, deverão participar da vigília os senadores Mão Santa (PMDB-PI), Papaléo Paes (PSDB-AP) e o líder da Minoria, Mário Couto (PSDB-PA). Em entrevista, após a reunião com os senadores, o ministro Pimentel disse que teria sido um consenso entre os presentes no encontro de que não há recursos orçamentários para contemplar os projetos do senador petista.

Já foram aprovados pelo Senado e estão na Câmara para apreciação os projetos de lei que mudam regras previdenciárias: entre eles o que acaba com o fator previdenciário, o que concede o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo aos benefícios da Previdência e o que recompõe os valores de aposentadorias e pensões de todos os beneficiários da Previdência Social.

Quanto ao projeto de lei de recomposição de valores de aposentadorias e pensões, o senador Paim informou que o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), lhe comunicou que não vai mais apresentar requerimento para que o Plenário vote a proposta. Com isso, a matéria aprovada em caráter terminativo na Comissão de Assuntos Sociais, na semana passada, segue direto para a apreciação da Câmara dos Deputados.