Especialista avalia que representação do negro na mídia ajuda a elevar auto-estima
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"Eu destaco não somente as políticas públicas, mas principalmente uma ação que tem acontecido na própria mídia, em especial nas emissoras de televisão, em procurar ter nas sua programação jornalistas, repórteres, apresentadores e principalmente atores negros", afirma.
Na opinião do professor, de dez anos para cá se observa uma presença mais forte de atores negros em papéis que não são só de empregado ou bandido. "Quando a gente tem essa figura do negro apresentado para nós de uma forma respeitosa e de uma forma humana, é bem verdade que isso vai aumentar a auto-estima sim".
Essa mudança, destaca Borges, tem impacto também no mercado, que traz cada vez mais produtos específicos para esse segmento da população, que já responde por 49,5% do total.
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Ele destaca que, com o aumento da auto-estima dessa faixa da população, também cresceu um mercado voltado especialmente para produtos de beleza que destacam as características da mulher e do homem negros.
Fábio Borges lembra que desde o início do Plano Real também se percebe um aumento no poder de compra desse segmento. "Se isso atingiu toda a população, isso claro atingiu também a parte que pertence à raça negra e que está numa situação mais estável e motivada para o consumo. Por outro lado, as empresas, motivadas por essa auto-estima, colocam produtos diretamente para os negros no mercado."
No entanto, o professor acredita que esse é um mercado que ainda está muito longe de um patamar de estabilização, pois ainda tem muito espaço para crescer, principalmente se comparado com ao espaço dado a produtos para negros em países como Estados Unidos. "A gente nota que o que se está passando aqui no Brasil é só uma introdução", conclui.
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