Lula volta a pedir que bancos baixem os juros e diz que "adora ser provocado" pela crise
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pedir nesta sexta-feira (12) para os bancos baixarem os juros, apenas dois dias após o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central ter decidido manter a taxa básica (Selic) em 13,75%. "A economia brasileira é sadia, temos dinheiro no Tesouro para financiar o crédito", disse o presidente durante visita a Belo Horizonte (MG).
Apesar de admitir que a crise financeira mundial poderá causar estragos no Brasil, Lula declarou que o país está bem preparado e em melhor condição de enfrentá-la e disse que "adora um desafio e adora ser provocado" ao se declarar pronto para executar medidas anticrise.
O presidente esteve em Belo Horizonte para inaugurar uma obra no aglomerado da Serra, conjunto de favelas da capital que está sendo urbanizado. O presidente também fez a entrega simbólica de uma chave de um dos 88 apartamentos que serão entregues a famílias carentes.
"Eu adoro desafios. Se tem uma coisa que eu gosto, é de ser provocado. Adoro ser provocado. Então, eu estou sendo provocado por uma crise mundial, que não tem nada a ver com o nosso país. Eu vou olhar na cara dessas crianças para dizer, nós vamos vencer essa crise," disse.
Lula discursou ao lado do prefeito Fernando Pimentel (PT), do governador Aécio Neves (PSDB) e dos ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e combate à Fome) e Márcio Fortes (Cidades). O evento fez parte das comemorações dos 111 anos de fundação de Belo Horizonte, celebrado nesta sexta-feira.
"Essa crise que nós estamos vivenciando é uma crise que nasceu no coração da economia mais rica do planeta. É uma crise que os EUA estão exportando para o mundo. A crise americana pegou toda a Europa, pegou o Japão. E o país que até agora tem demonstrado mínimos problemas com a crise é exatamente o nosso querido Brasil", avaliou.
No entanto, Lula demonstrou preocupação com os efeitos dela no país. "Essa crise pode chegar ao Brasil e causar problemas ao Brasil. Essa crise já chegou na China, na Índia e ela vai chegar nos outros países. É preciso saber que tamanho ela pode chegar. E nós poderemos definir o tamanho que essa crise pode chegar ao Brasil", disse.
O presidente disse que as medidas anunciadas ontem pelo governo vão fomentar o crédito, e pediu aos brasileiros para não deixarem de consumir. O pacote anticrise modifica o Imposto de Renda, além de cortar tributos e isentar carros 1.0 de IPI. Lula disse que recursos não vão faltar.
Ele disse que nenhuma obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) vai parar em razão da contenção de despesas. "O governo federal não vai parar nenhuma obra do PAC. E eu tenho pedido aos governadores que não parem nenhuma obra e tenho pedido aos prefeitos que não parem nenhuma obra. Se tivermos que diminuir os investimentos nossos e tivermos que economizar mais dinheiro, nós temos que cortar é no custeio e não no investimento em obras", afirmou.
O presidente atribuiu à continuidade de obras do PAC a garantia de empregos e de fomento para a economia brasileira.
Obama
Lula se referiu à promessa do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que havia garantido gerar cerca de 2 milhões de empregos até 2011, e brincou com as medidas anunciadas por Obama.
"Eu acho que ele vai fazer um PAC lá. (...) Somente este ano no Brasil, de janeiro a outubro, nós geramos 2 milhões e 200 mil empregos com carteira assinada", disse.
Imprensa
Durante seu discurso, o presidente também criticou parte da imprensa. Para ele, alguns artigos veiculados por ela demonstram que há uma "torcida para dar tudo errado".
"Eu fico vendo artigos, eu fico vendo comentaristas. A impressão que eu tenho é que eles estão, Aécio, torcendo para a coisa dar errada. Tem gente que torce: é preciso que a crise derrote o governo. O imbecil não sabe que, se a crise vier, o derrotado não será o governo será o país, que está experimentando o maior índice de crescimento da sua história", reclamou Lula.
Ao final do evento, Lula seguiu para Santa Catarina.
Apesar de admitir que a crise financeira mundial poderá causar estragos no Brasil, Lula declarou que o país está bem preparado e em melhor condição de enfrentá-la e disse que "adora um desafio e adora ser provocado" ao se declarar pronto para executar medidas anticrise.
O presidente esteve em Belo Horizonte para inaugurar uma obra no aglomerado da Serra, conjunto de favelas da capital que está sendo urbanizado. O presidente também fez a entrega simbólica de uma chave de um dos 88 apartamentos que serão entregues a famílias carentes.
"Eu adoro desafios. Se tem uma coisa que eu gosto, é de ser provocado. Adoro ser provocado. Então, eu estou sendo provocado por uma crise mundial, que não tem nada a ver com o nosso país. Eu vou olhar na cara dessas crianças para dizer, nós vamos vencer essa crise," disse.
Lula discursou ao lado do prefeito Fernando Pimentel (PT), do governador Aécio Neves (PSDB) e dos ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e combate à Fome) e Márcio Fortes (Cidades). O evento fez parte das comemorações dos 111 anos de fundação de Belo Horizonte, celebrado nesta sexta-feira.
"Essa crise que nós estamos vivenciando é uma crise que nasceu no coração da economia mais rica do planeta. É uma crise que os EUA estão exportando para o mundo. A crise americana pegou toda a Europa, pegou o Japão. E o país que até agora tem demonstrado mínimos problemas com a crise é exatamente o nosso querido Brasil", avaliou.
No entanto, Lula demonstrou preocupação com os efeitos dela no país. "Essa crise pode chegar ao Brasil e causar problemas ao Brasil. Essa crise já chegou na China, na Índia e ela vai chegar nos outros países. É preciso saber que tamanho ela pode chegar. E nós poderemos definir o tamanho que essa crise pode chegar ao Brasil", disse.
O presidente disse que as medidas anunciadas ontem pelo governo vão fomentar o crédito, e pediu aos brasileiros para não deixarem de consumir. O pacote anticrise modifica o Imposto de Renda, além de cortar tributos e isentar carros 1.0 de IPI. Lula disse que recursos não vão faltar.
Ele disse que nenhuma obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) vai parar em razão da contenção de despesas. "O governo federal não vai parar nenhuma obra do PAC. E eu tenho pedido aos governadores que não parem nenhuma obra e tenho pedido aos prefeitos que não parem nenhuma obra. Se tivermos que diminuir os investimentos nossos e tivermos que economizar mais dinheiro, nós temos que cortar é no custeio e não no investimento em obras", afirmou.
O presidente atribuiu à continuidade de obras do PAC a garantia de empregos e de fomento para a economia brasileira.
Obama
Lula se referiu à promessa do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que havia garantido gerar cerca de 2 milhões de empregos até 2011, e brincou com as medidas anunciadas por Obama.
"Eu acho que ele vai fazer um PAC lá. (...) Somente este ano no Brasil, de janeiro a outubro, nós geramos 2 milhões e 200 mil empregos com carteira assinada", disse.
Imprensa
Durante seu discurso, o presidente também criticou parte da imprensa. Para ele, alguns artigos veiculados por ela demonstram que há uma "torcida para dar tudo errado".
"Eu fico vendo artigos, eu fico vendo comentaristas. A impressão que eu tenho é que eles estão, Aécio, torcendo para a coisa dar errada. Tem gente que torce: é preciso que a crise derrote o governo. O imbecil não sabe que, se a crise vier, o derrotado não será o governo será o país, que está experimentando o maior índice de crescimento da sua história", reclamou Lula.
Ao final do evento, Lula seguiu para Santa Catarina.
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